Novo estudo aponta caminho para transplantes mais seguros
Um novo passo significativo no campo da medicina foi alcançado por pesquisadores da Duke Health, que relataram com êxito o uso de um anticorpo humano para prevenir a rejeição de órgãos em primatas submetidos a transplantes renais. Essa descoberta promissora agora abre as portas para a possibilidade de avançar para ensaios clínicos em seres humanos. Os resultados dessa pesquisa pioneira foram publicados online em 30 de agosto na revista "Science Translational Medicine".
As terapias atuais para evitar a rejeição de órgãos têm sido eficazes em geral, mas apresentam uma série de efeitos colaterais prejudiciais. Esses tratamentos suprimem o sistema imunológico, deixando os pacientes mais suscetíveis a infecções e danos aos órgãos. Além disso, muitos pacientes enfrentam complicações não relacionadas ao sistema imunológico, como diabetes e hipertensão. A busca por tratamentos mais seguros e eficazes tem sido uma prioridade ao longo das últimas décadas.
"Nossa esperança é que este anticorpo nos aproxime desse objetivo", afirmou Imran J. Anwar, MD, autor principal do estudo e pesquisador cirúrgico no Departamento de Cirurgia da Duke Health.
O estudo, liderado por Anwar e pelo coautor sênior Allan Kirk, MD, Ph.D., presidente do Departamento de Cirurgia, concentrou-se em um anticorpo monoclonal conhecido como AT-1501. Esse anticorpo foi projetado para minimizar o risco de coágulos sanguíneos, uma preocupação que havia surgido em versões anteriores dessa terapia.
Por meio de experimentos com primatas submetidos a transplantes renais, os pesquisadores demonstraram que o AT-1501 evitou a rejeição dos órgãos transplantados sem a necessidade de administração adicional de medicamentos imunossupressores ou o risco de coágulos sanguíneos. Esses resultados confirmaram o potencial imunossupressor do anticorpo.
Em testes envolvendo o transplante de ilhotas pancreáticas, o AT-1501 não conseguiu controlar a rejeição por si só, mas mostrou-se eficaz quando combinado com agentes imunossupressores já existentes. A abordagem combinada resultou em uma sobrevivência uniforme das ilhotas transplantadas, sem perda de peso ou infecções, que são problemas comuns nesse tipo de procedimento. Os transplantes de ilhotas foram realizados por Norma Kenyon, Ph.D., coautora sênior e professora da Universidade de Miami.
Allan Kirk enfatizou: "Esses dados apoiam o AT-1501 como um agente seguro e eficaz para promover a sobrevivência e a função do transplante de ilhotas e rins, permitindo-nos avançar imediatamente para ensaios clínicos. Depois de mais de duas décadas seguindo essa abordagem menos tóxica, acredito que finalmente alcançamos um ponto de virada. Isso pode representar um avanço significativo para pacientes que dependem de transplantes de órgãos."
Além de Kirk e Anwar, vários outros pesquisadores contribuíram para o estudo, incluindo Dora M. Berman, Isabel DeLaura, Qimeng Gao, Melissa A. Willman, Allison Miller, Alan Gill, Cindy Gill, Steve Perrin, Camillo Ricordi, Philip Ruiz, Mingqing Song, Joseph M Ladowski e Norma S. Kenyon.
Essa pesquisa representa um avanço emocionante na busca por terapias mais seguras e eficazes para evitar a rejeição de órgãos em pacientes submetidos a transplantes. Com base nos resultados promissores, espera-se que os ensaios clínicos em humanos comecem em breve, oferecendo a esperança de melhores resultados e uma qualidade de vida melhorada para aqueles que necessitam de transplantes de órgãos.
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