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Amigos dos Amigos: o poder e a história de uma organização criminosa no Rio de Janeiro

O "Amigos dos Amigos" (ADA), conhecido pela sigla A.D.A., é uma das principais organizações criminosas da cidade do Rio de Janeiro, Brasil. A facção teve sua origem em 1994, quando membros do "Terceiro Comando" (TC) se uniram a um traficante conhecido como Pintoso. O nome original "Amigos dos Amigos" foi dado devido a essa união. A facção é parte do complexo cenário do crime organizado no Rio de Janeiro, atuando principalmente na favela Rocinha.

No entanto, o cenário do crime no Rio de Janeiro é diversificado e complexo. Milícias paramilitares também desempenham um papel significativo, controlando uma parte substancial do território da cidade. De acordo com um estudo, as milícias dominam cerca de 21,8% dos bairros da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, enquanto o "Comando Vermelho" (CV) controla 23,7%, o "Terceiro Comando" (TCP) 3%, e o "Amigos dos Amigos" apenas 0,3%. Outros 18,1% dos bairros permanecem sob disputa de grupos armados.

As facções criminosas, incluindo o "Amigos dos Amigos," estão envolvidas em diversas atividades ilícitas, como tráfico de drogas, armas e violência urbana. O cenário é dinâmico, com mudanças frequentes nas alianças e confrontos entre as facções e as autoridades.

Amigos dos Amigos: O Poder e a História de uma Organização Criminosa no Rio de Janeiro

Atual líder é Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como "Nem".


O Rio de Janeiro, a segunda maior cidade do Brasil, é conhecido por sua beleza natural, cultura vibrante e praias deslumbrantes. No entanto, por trás dessa imagem de cartão postal, esconde-se uma realidade sombria, marcada pela presença de grupos criminosos poderosos. Um desses grupos é o "Amigos dos Amigos" (ADA), uma organização criminosa que surgiu no final da década de 1990 e teve um impacto significativo na criminalidade do Rio de Janeiro. Neste artigo, exploraremos a história e a ascensão do ADA, bem como seus principais atores e desafios enfrentados nos dias de hoje.

Origens e Fundação


A história do ADA remonta ao final da década de 1990, quando dois criminosos notórios, Celso Luis Rodrigues, conhecido como "Celsinho da Vila Vintem", e Ernaldo Pinto de Medeiros, apelidado de "Uê", decidiram se separar do poderoso Comando Vermelho (CV) e formar uma nova facção criminosa. Sua motivação era combater o domínio do CV e consolidar seu próprio poder no mundo do tráfico de drogas no Rio de Janeiro.

Uê havia sido expulso do Comando Vermelho em 1994, após ordenar o assassinato do líder do CV, Orlando da Conceição, vulgo "Orlando Jogador". Essa cisão marcou o início do ADA como uma força independente no cenário do crime carioca.

Aliança com o Terceiro Comando


Para enfrentar o Comando Vermelho, o ADA estabeleceu uma aliança estratégica com outro grupo criminoso conhecido como "Terceiro Comando" (TC). O Terceiro Comando era composto por ex-membros dissidentes do Comando Vermelho, que compartilhavam o desejo de desafiar o domínio do CV.

A parceria entre o ADA e o Terceiro Comando levou a uma intensificação das batalhas por território no Rio de Janeiro. Além disso, membros dissidentes do Terceiro Comando, que se opuseram à aliança, formaram o "Comando Puro da Capital" (CPC), uma gangue rival que se tornou um dos maiores adversários do ADA.

Mudanças na Liderança


A liderança do ADA sofreu mudanças significativas ao longo dos anos. Após a morte de Uê em um motim na prisão em 2002, Luiz Fernando da Costa, conhecido como "Fernandinho Beira-Mar", orquestrou a ascensão de Antônio Francisco Bonfim Lopes, apelidado de "Nem", como líder principal do ADA.

Nem assumiu o controle da organização e a expandiu rapidamente, consolidando sua presença em grande parte das zonas norte e oeste do Rio de Janeiro. Em 2004, o ADA conquistou o controle da maior favela da cidade, a Rocinha, do Comando Vermelho, mantendo-o por vários anos até 2011, quando a prisão de Nem desencadeou uma série de conflitos territoriais.

Atuação Social e Confrontos


O ADA adotou uma abordagem diferente do Comando Vermelho em sua relação com as comunidades que controlava. Enquanto o CV frequentemente impunha sua autoridade pela violência, o ADA buscava conquistar o apoio dos residentes por meio da prestação de serviços, organização de festas e distribuição de esmolas. Essas táticas visavam ganhar a lealdade das comunidades e fortalecer o poder do grupo.

Em 2009, o ADA ganhou destaque internacional quando um helicóptero da polícia caiu na favela Morro dos Macacos, que estava sob controle do grupo. O incidente ocorreu durante um tiroteio provocado pelo Comando Vermelho, que tentou sem sucesso assumir o controle do território.

Em 2014, o ADA voltou às manchetes quando uma facção liderada por Celso Pinheiro Pimenta, conhecido como "Playboy", invadiu uma piscina que seria usada nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio, posando para fotos enquanto nadava com rifles de assalto. Antes das Olimpíadas, o ADA, o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro se envolveram em confrontos intensos entre si e com as forças de segurança, à medida que a disputa pelo controle territorial se intensificou.

Parceria com o PCC


Em 2016, surgiram rumores de uma possível parceria entre o ADA e o "Primeiro Comando da Capital" (PCC), a organização criminosa mais poderosa e bem-organizada do Brasil, com sede em São Paulo. Isso ocorreu em meio às crescentes tensões entre o PCC e o Comando Vermelho, após o colapso de uma aliança de longa data entre os dois grupos.

Desafios Atuais e Disputas Internas


Nos últimos anos, o ADA enfrentou desafios significativos em meio a disputas internas e confrontos frequentes com grupos rivais e as forças de segurança. Em 2017, os tiroteios na Rocinha se intensificaram quando Rogério 157, ex-segundo em comando de Nem, rompeu com o ADA e se aliou ao Comando Vermelho na tentativa de controlar o lucrativo comércio de drogas da favela. Embora Rogério 157 tenha sido preso em dezembro de 2017, há indícios de que ele continue a comandar atividades criminosas de dentro da prisão.

Liderança em Transição e Desafios Territoriais


A captura de Nem pela polícia em 2011, durante uma ocupação da Rocinha como parte de um programa de pacificação policial malsucedido, criou uma lacuna na liderança do ADA. Embora Nem tenha continuado a dirigir o grupo de dentro da prisão, outros atores, incluindo grupos rivais e ex-membros dissidentes, estão disputando o controle das áreas tradicionalmente dominadas pelo ADA.

Área de Atuação


O ADA concentra sua atuação na Rocinha, uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, localizada na zona sul da cidade. Essa área estratégica proporciona ao grupo rotas e mercados lucrativos para o tráfico de drogas, mas a persistência da violência, incluindo confrontos com grupos rivais, representa um desafio contínuo para o controle territorial do ADA.

Aliados e Inimigos


Os principais inimigos do ADA são o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro, ambos com base no Rio de Janeiro. Uma repressão de segurança lançada em 2008 enfraqueceu temporariamente tanto o ADA quanto o Comando Vermelho, mas os ataques foram retomados no final de 2015.

De acordo com especialistas em segurança, em 2017, o ADA pode ter estabelecido uma parceria com o PCC, sediado em São Paulo. Essa aliança teria como objetivo enfraquecer o controle do Comando Vermelho no Rio de Janeiro.

Perspectivas Futuras


As operações policiais na década de 2010 temporariamente interromperam as operações do ADA, mas o grupo conseguiu recuperar grande parte de seu controle sobre territórios importantes na Rocinha. No entanto, as disputas internas em curso e os confrontos frequentes com rivais e forças de segurança podem mais uma vez enfraquecer sua posição.

Em suma, o Amigos dos Amigos é uma organização criminosa com uma história tumultuada e uma presença significativa no cenário do crime no Rio de Janeiro. Sua trajetória, marcada por alianças estratégicas, confrontos violentos e mudanças na liderança, é um reflexo das complexidades do mundo do tráfico de drogas na cidade. O futuro do ADA permanece incerto, à medida que enfrenta desafios constantes em busca de manter seu domínio em uma das áreas mais emblemáticas do Rio.
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