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Riscos e perigos para a saúde pública associados a grandes eventos decorrentes de festas - São João , carnaval , Natal ,parada gay , Círio de Nazaré ...

AR NEWS NOTÍCIAS 24 de junho de 2022
Riscos e perigos para a saúde pública associados a grandes eventos decorrentes de festas
Festa de São João Massayó - Maceió, Alagoas - bairro de Jaraguá - 23/06/2022


É esperado mais de 100 mil pessoas por noite  no bairro de jaraguá conforme dados colhidos dos organizadores do evento, por um período de 07 dias, o que corresponde ao total de aproximadamente 700 mil pessoas trocando "alegrias" e patógenos nesse intervalo temporal .

Em Alagoas, Maceió e no Brasil estamos no período de Festas Juninas com uma pandemia letal do coronavírus sarscov-2, causador do Covid-19 e suas variantes emergentes, além da presença do vírus da varíola do macaco, o monkeypox.


INTRODUÇÃO

Mas o que significa Medicina de Reuniões em Massa

Medicina de reuniões de massa: questões de saúde pública decorrentes de eventos religiosos , esportivos de reunião em massa

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Uma reunião de massa é definida pela OMS como um evento planejado ou espontâneo que reúne um número substancial de participantes que podem sobrecarregar as capacidades de planejamento e resposta em saúde da comunidade, cidade ou país anfitrião. Reuniões de massa podem apresentar importantes desafios de saúde pública relacionados à saúde dos participantes e da população e dos serviços de saúde do país 


O conceito de medicina coletiva como especialidade  emana do discurso sobre o Hajj de 2009, realizado durante a pandemia de influenza HIN1 de 2009 . A primeira Conferência Internacional sobre Medicina de Reuniões de Massa foi realizada em Jeddah, Arábia Saudita, em outubro de 2010,


Quais os Riscos e Perigos para a saúde associados a reuniões de massa


Disseminação de doenças transmissíveis virais, incluindo infecções bacterianas resistentes a antibióticos
Distúrbios relacionados à água e saneamento
Doenças não transmissíveis e exacerbação de comorbidades (por exemplo, diabetes, hipertensão, DPOC e eventos cardiovasculares)
Saúde mental e transtornos psicossociais
Distúrbios térmicos, incluindo hiperpirexia pelo calor, insolação, exaustão pelo calor e desidratação
Pisoteamentos, pisoteios ou debandadas são acidentes em que a multidão, por algum motivo, causa o esmagamento de algumas pessoas.
Acidentes, traumas e lesões por esmagamento
Incidentes terroristas (ameaças de guerra biológica e química, explosivos e bombas)
Abuso de álcool e substâncias

Principais considerações da OMS relacionadas aos planos de alerta, resposta e operação de doenças transmissíveis para reuniões de massa

Avaliação e gestão de riscos, sistemas de vigilância e alerta, e alerta e resposta a surtos combinados com estratégias de comunicação eficazes
Identificação rápida de participantes com doenças transmissíveis e seus contatos para possível quarentena e instituição de medidas preventivas de controle de infecções
Planejamento e diretrizes de assistência médica (medicina preventiva, vacinas obrigatórias, gestão de alimentos, gestão de água e resíduos e identificação de riscos físicos e de incêndio)
Medidas de saúde pública (proteção e fornecimento de água, proteção e fornecimento de alimentos e vigilância sindrômica)
Planejamento e resposta a emergências (acesso rápido a pacientes feridos ou doentes, prestação de triagem em campo e em postos de socorro, prestação de cuidados no local para lesões e doenças menores, estabilização e transporte eficaz e oportuno de pacientes que necessitam de evacuação)
Medicina de desastres, trauma e triagem e nível de atendimento
Unidades móveis, postos de saúde e hospitais designados
Uso de tecnologias modernas para vigilância proativa, diagnóstico precoce e detecção rápida, coleta de dados, análises, compartilhamento e comunicação.
Atualizar as diretrizes de viagem, incluindo vacinas, para cada evento específico de reunião de massa


A superlotação durante os eventos , aumenta o risco de transmissão de patógenos respiratórios, como coronavírus da síndrome respiratória da SRAG, rinovírus, vírus sincicial respiratório, influenza A H1N1, influenza B, vírus parainfluenza, adenovírus, metapneumovírus, enterovírus, multidrogas tuberculose resistente e Streptococcus pneumoniae , meningites meningocócicas e a mais recente ameaça a súde pública , o Monkeypox !!


Reduzir o risco de propagação de doenças infecciosas com potencial epidêmico no Mundo


Preocupações atuais de doenças infecciosas prioritárias que ameaçam a segurança da saúde global

Covid-19
Monkeypox
Tuberculose
Doença meningocócica invasiva
Doença pneumocócica invasiva
Infecções bacterianas, virais e protozoárias resistentes a medicamentos
Cólera
Tifoide
Difteria
Coqueluche (coqueluche)
Influenza pandémica
Síndrome respiratória do Oriente Médio coronavírus *
Coronavírus agudo grave *
Sarampo
Febre amarela
Outras febres hemorrágicas virais (por exemplo, vírus de Marburg * , vírus Ebola * , febre de Lassa * , febre hemorrágica da Crimeia-Congo * , febre do Vale do Rift * , febre do Nilo Ocidental e dengue)
Poliomielite (vírus da poliomielite do tipo selvagem)
Zika *
Nipah e doenças henipavirais *
Chikungunya *
Doenças sexualmente transmissíveis
Malária
HIV



A CONFIRMAÇÃO QUE GRANDES EVENTOS AUMENTAM A DISSEMINAÇÃO E AGRAVAM A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL, E NO TERRITÓRIO ALAGOANO - RETROSPECTIVA DO SITE AR NEWS ( FEBRE AMARELA E COVID-19)


No dia 21 de fevereiro de 2017, na postagem : Surto Epidêmico de Febre Amarela segue trajetória do aedes durante o carnaval , o Blog AR NEWS já alertava com antecedência sobre essa possibilidade do aumento de casos da doença durante o período do carnaval . 


O alerta também foi dado em fevereiro de 2018 pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC ):"A transmissão da febre amarela pode afetar as áreas urbanas no Brasil, aumentando o risco para os viajantes, especialmente durante o Carnaval" 

No gráfico abaixo do MS Brasil de 2018, observamos uma maior tendência de crescimento das notificações de casos de Febre Amarela no período pós-carnaval: entre os dias 17 e 24 de fevereiro.

fa 2018
Febre Amarela em 2018





Discorrendo sobre o tema,o Blog AR NEWS enumerou a época algumas causas da manutenção e progressão do surto epidêmico da doença, além das medidas necessárias para conter o avanço da febre amarela



  • O alto índice de infestação do aedes nas cidades em áreas urbanas
  • A distribuição do Aedes Aegypti em todo o Brasil 
  • Falta de conscientização da população com a manutenção dos criadouros de mosquitos 
  • Urge aplicar o que preconiza o artigo 132 do Código Penal que prevê pena de até um ano de prisão para quem “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto iminente” .
  • Precariedade do sistema de saneamento básico ,coleta de lixo etc 
  • Movimentos da população que se produzem dentro do próprio país durante e após o carnaval 
  • Falta de vacinação: Pessoas que não se vacinaram devido as contraindicações 
  • Período inferior a 10 dias para o início da proteção, contra o vírus da Febre Amarela ,com deslocamento humano para áreas onde há indicação para a vacinação.
  • O Estado cumprir fielmente o Artigo 196 da Constituição Federal de 1988 : A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.( Falta de leitos de UTI,material hospitalar,, estrutura médica e de profissionais da área da saúde,de gestão,de informação , falta de agilidade no diagnóstico e tratamento dos pacientes bem evidenciado pelo número de óbitos que estão ocorrendo no país,bem superior as mortes ocorridas em 2000 - 40 óbitos em todo o Brasil , etc) 
  • O Aedes Aegypti pode ser considerado um importante fator de risco exógeno durante o carnaval e um hábil vetor da Febre Amarela Urbana. 
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Carnaval, é e sempre será uma importante fonte de disseminação de patógenos devido as inúmeras aglomerações que ocorrem antes e durante as festividades, além de propiciar o espalhamento viral por meio das migrações nesta época. 

Não olvidemos que a tragédia brasileira provocada pelo Sars-Cov-2 teve início no carnaval !



O Lucro mortal : Surto de coronavírus , ameaça do Monkeypox e a indústria multimilionária do São João




Quando os surtos se tornam globais (1): migração e saúde pública em tempos de Coronavírus - COVID-19 (SARS-COV-2)

A mobilidade humana ,vetores, assim como o transporte de animais há muito tempo estão associados  à disseminação de doenças infecciosas . A peste negra na Europa (2) e a subsequente implementação da estratégia de quarentena (3 ) pela República de Veneza no século quinze são bons exemplos do medo de doenças infecciosas vindas do exterior


A migração é um fenômeno intrínseco da dinâmica populacional, impulsionado por fatores socioeconômicos, políticos ,culturais e ambientais . Além dos aspectos citados, a saúde está definitivamente entre as questões mais relevantes relacionadas ao processo migratório e seus fatores. As denominadas migrações pendulares ,em tela aquelas que ocorrem dentro e fora do país (3 ), principalmente em períodos de viagens, férias ,em grandes eventos ,como o Carnaval (a maior festa popular mundial) e o São João  favorecem a disseminação de patógenos entre cidades e até continentes. 

Em meio ao surto de coronavírus COVID-19 , o São João pode ser o fator decisivo e a porta de entrada para um novo renascimento do sarscov-2 que levará a uma maior disseminação e morbimortalidade, além de intensificar a presença da varíola dos macacos no Brasil e a possível chegada do monkeypox em nossa Alagoas.


Mais uma vez , o Lucro venceu a racionalidade 


Pensando tão somente no prejuízo que acarretaria as empresas brasileiras conectadas ao circuito de Festas Juninas (bebidas ,turismo ,hotelaria ,adereços ,quadrilhas do São João , transmissão de eventos ,restaurantes etc) , e o estado enebriado em avançar uma economia cambaleante , Brasil e Maceió-AL  alheios ao mundo ,"optaram" não prever as graves consequências que poderão advir no pós período Junino.

Brasil: Coronavírus e outras doenças causam preocupação durante e no pós São João .

Para amenizar os temores da população durante as epidemias, as autoridades mundiais em saúde costumam  selar as fronteiras nacionais e internacionais, com maior vigilância e controle as chegadas nos pontos de entrada , especialmente nos aeroportos ,rodoviárias e portos. 

O exemplo disso foi em  2009, após a epidemia de gripe H1N1 que se originou em uma fazenda de porcos no México, alguns aeroportos instalaram dispositivos de triagem térmica para detectar passageiros febris e muitos questionários adotados para identificar viajantes com sintomas recentes de febre.

 
Tais medidas têm pouco efeito na propagação de doenças epidêmicas. Algumas táticas, como o uso de questionários sobre doenças recentes e possível exposição, são fáceis para os viajantes escaparem, além de impedir a entrada de destinos específicos, com viajantes motivados, às vezes, capazes de ocultar sua origem, viajando primeiro para um local não proibido (embora seja provavelmente uma pequena fração de todos os viajantes). 

De qualquer forma, muitos viajantes portadores de um vírus mortal seriam assintomáticos no momento da entrada. De fato, não há dois aeroportos no mundo separados por mais de 36 horas de voo, um período menor que o tempo de incubação para a maioria das doenças infecciosas.


Segurança Nacional, Local e patógenos

Quando pensamos em segurança nacional ou local, na maioria das vezes direcionamos nossos pensamentos somente ao campo militar: guerras ,conflitos internos ,terrorismo etc.
mas esquecemos que um  patógeno, infinitamente pequeno pode ser o maior vilão de um país ,estado ou município.

O coronavírus COVID-19 ainda está impondo a diversas e por vezes poderosas nações , perdas irreparáveis ,sejam elas humanas , e as de bens e serviços.

Imaginem , o tráfego aéreo de um país prejudicado por adoecimentos, ou mesmo mortes de seus controladores. Uma carreira altamente especializada , que não teríamos como recompor de uma hora para outra! O caos poderia se instalar , privando pessoas de voos ,transportes de doações de órgãos ,socorro de acidentados ,controle de drogas em fronteiras, e a proteção do nosso espaço aéreo realizado pelas Forças Armadas. Profissionais da saúde doentes , incapacitados para prestarem atendimentos a população. Mortes secundárias em decorrência das consequências do processo primário viral; fábricas sem produção, paradas! Produção reduzida de vacinas ,medicamentos ,luvas ,máscaras etc. O homem do campo adoecendo ,levando a redução brusca de alimentos a população. 
Então diante dessas observações , qual foi o sentido de manter as festividades juninas quando os orgãos responsáveis pelo monitoramento da pandemia no Brasil , constantemente alertam sobre a gravidade do crescimento do coronavírus a longo prazo em todo o país ? Por que mantiveram as festividades juninas quando uma nova ameaça já circula garbosamente em nosso território, o monkeypox , com a promessa de acarretar mais um problema de saúde pública ? Período eleitoral ? Insanidade técnica ? Desconhecimento ou a busca do vil metal ? 

É humanamente impossível adentrar a mente dos gestores e obter as necessárias respostas as indagações ! 

O crédito que advém da manutenção das Festas Juninas, é o "lucro de hoje" , que será perdido em breve futuro por causa de uma irracionalidade egocêntrica ,que subestima frequentemente a lógica da ciência!


Por hoje é só!
Maceió,24 de junho de 2022
Mário Augusto



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FONTES CONSULTADAS:

  1. AR NEWS SITE https://www.arnewsnoticias.com/
  2. PAHO
  3. OMS
  4. Lund A, Gutman SJ, Turris SA. Mass gathering medicine: a practical means of enhancing disaster preparedness in Canada. CJEM. 2011;13:231–236. 
  5. Zumla A, Alagaili AN, Cotten M, Azhar EI. Infectious diseases epidemic threats and mass gatherings: refocusing global attention on the continuing spread of the Middle East respiratory syndrome coronavirus (MERS-CoV) BMC Med. 2016;14:132. [PMC free article] [PubMed] [Google Scholar]
  6.  Alqahtani AS, Heywood AE, Rashid H. Preparing Australian pilgrims for the Hajj 2018. J Travel Med. 2018;25:tay068. [PMC free article] 
  7. Balaban V, Stauffer WM, Hammad A. Protective practices and respiratory illness among US travelers to the 2009 Hajj. J Travel Med. 2012;19:163–168. 
  8.  Hashim S, Ayub ZN, Mohamed Z. The prevalence and preventive measures of the respiratory illness among Malaysian pilgrims in 2013 Hajj season. J Travel Med. 2016;23 tav019. [PMC free article] 
  9.  Barasheed O, Rashid H, Heron L. Influenza vaccination among Australian Hajj pilgrims: uptake, attitudes, and barriers. J Travel Med. 2014;21:384–390. 

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