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Deputados vão investigar a prestação de contas da Pró-Saúde com o Estado


Stalin Bucar diz que quebra de contrato "é jogada estratégica" do governo: "Vão ter que prestar conta de tudo”Parlamentar quer reunião com a bancada de oposição para investigar a prestação de contas da organização social 



O deputado estadual Stalin Bucar (PR) afirmou ao CT que a quebra do contrato que trata terceirização da saúde pública do governo do Estado com a organização social Pró-Saúde foi “uma jogada estratégica do governo”. Para o parlamentar, o rompimento do contrato com a Pró-Saúde acontece no momento em que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o bicheiro Carlinhos Cachoeira pediu a quebra do sigilo bancário da empreiteira Delta no Tocantins - empresa pivô do esquema do contraventor. Stalin disse que deverá propor, até semana que vem, uma reunião com a bancada de oposição da Assembleia Legislativa (AL) para investigar a prestação de contas da Pró-Saúde com o Estado.

A quebra do contrato de R$ 258 milhões, por parte do governo, com a Organização Social (OS), que administrava 17 dos 19 hospitais públicos do Estado, foi anunciada na tarde desta quinta-feira, 17. A Pró-Saúde disse que estava sem receber e que dívida do Estado passa dos R$ 25 milhões. A OS gerenciava os hospitais deste setembro do ano passado.

De acordo com Stalin Bucar, a bancada de oposição da AL terá ainda o apoio da bancada governista para investigar toda prestação de contas da OS. Os deputados devem acionar ainda o Ministério Público (MP) para saber detalhes da compra dos medicamentos e toda a prestação dos serviços. Nessa quarta-feira, 16, a Assembleia aprovou requerimento do deputado, que trata de informações sobre valores e fornecedores de remédios da Pró-Saúde. Ele suspeita que os medicamentos podem estar sendo comprados de laboratórios ligados ao contraventor Carlinhos Cachoeira. Um sócio de Cachoeira, o empresário Marcelo Henrique Limírio, doou R$ 300 mil para o Comitê Financeiro Único do PSDB no Tocantins, partido do governador Siqueira Campos (PSDB).

“Essa quebra de contrato só mostra a malandragem do governo com a Pró-Saúde. Só temos a certeza de que as aplicações dos recursos públicos já não estavam andando para o rumo certo. Se eles [Pró-Saúde] pensam que vão se livrar dessa, estão muito enganados. Agora é que vamos procurar saber quem eram os fornecedores dos medicamentos, origem de todos os contratos que fizeram e toda a prestação de contas. Queremos esmiuçar tudo”, avisou o deputado.

Stalin estranhou ainda o momento em que a quebra do contrato foi feita. Segundo ele, se a OS não estava recebendo do Estado, o questionamento teria que ser feito antes. Para ele, não havia a necessidade do governo ter terceirizado a saúde.

“A Pró-Saúde disse que foi prejudicada com o contrato feito. É estranho a reclamação vir neste momento. De nada adiantou ter terceirizado a saúde. A situação piorou. As próprias pessoas ligadas ao sistema estavam reclamando. Essas reclamações não justificam o contrato com o governo. O governo deveria ter utilizado esse dinheiro para investimento nas estruturas dos hospitais e melhoria do salário dos profissionais que trabalham neles”, afirmou Bucar.

Esquema Cachoeira

Stalin rebateu a declaração do diretor da Pró-Saúde, Marlos Henrique Wächter, de que a ligação da instituição com a organização é uma piada. “Piada é ter que que se submeter a uma instituição que nada acrescentou para o Estado e que já tinha nome inserido no Serasa. Isso sim é uma piada. Não vamos deixar nada passar. Vão ter que prestar conta de tudo”, enfatizou o deputado.

Bucar garantiu ainda ao CT que, caso seja comprovado o envolvimento da Pró-Saúde no esquema Cachoeira, a Justiça será acionada para que a OS devolva o dinheiro aos cofres públicos do Estado.

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