Brasil é o país mais afetado pela doença; casos no estado de São Paulo soam alerta sobre risco de transmissão em áreas densamente povoadas; quase todos os infectados não eram vacinados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou preocupação com os surtos urbanos de febre amarela nas Américas, especialmente em relação ao aumento significativo de casos no Brasil. Em 2025, o país registrou 110 casos confirmados e 44 mortes, o que representa um aumento alarmante em comparação com os 61 casos e 30 óbitos do ano anterior. A OMS destacou que a maioria dos infectados não estava vacinada, o que agrava a situação.
Causas e Riscos
A OMS e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertaram que a febre amarela, que historicamente era mais prevalente em áreas rurais e florestais, está se aproximando de áreas urbanas densamente povoadas. A presença de febre amarela silvestre em locais próximos a centros urbanos, como no estado de São Paulo e no Departamento de Tolima na Colômbia, aumenta o risco de surtos urbanos, semelhante ao que ocorreu entre 2016 e 2018.
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Cerca de 15% das pessoas infectadas apresentam febre alta, danos aos órgãos e, às vezes, morte. |
Além disso, a cobertura vacinal contra a febre amarela caiu drasticamente nos últimos anos, com muitos países endêmicos apresentando taxas abaixo dos 95% recomendados. Essa queda na imunização, exacerbada pela pandemia de Covid-19, deixou uma parte significativa da população vulnerável à doença.
Medidas de Prevenção
A OMS está monitorando a situação e incentivando os países a adotarem estratégias eficazes para prevenir e responder a surtos de febre amarela. Isso inclui a promoção da vacinação e a eliminação de locais que possam servir como criadouros para mosquitos transmissores da doença. A situação atual exige uma resposta rápida e coordenada para evitar que surtos urbanos se tornem uma nova realidade nas Américas.
Qual foi a resposta da população e dos governos diante do aumento dos casos em 2025?
Diante do aumento alarmante dos casos de febre amarela em 2025, tanto a população quanto os governos tomaram medidas significativas para enfrentar a situação.
Resposta da População
A população, especialmente nas áreas mais afetadas, demonstrou preocupação com o aumento dos casos e a alta taxa de letalidade associada à doença. A conscientização sobre a importância da vacinação cresceu, embora a cobertura vacinal ainda estivesse abaixo do ideal. A maioria dos casos confirmados envolveu indivíduos não vacinados, o que gerou um apelo por campanhas de vacinação e informações sobre a doença.
Ações dos Governos
Os governos, em resposta ao aumento dos casos, implementaram diversas medidas:
* Campanhas de Vacinação: O governo colombiano, por exemplo, declarou uma emergência sanitária e lançou uma campanha de vacinação com o objetivo de imunizar dois milhões de pessoas em um curto período. Essa ação foi uma resposta direta ao aumento dos casos e à necessidade de proteger a população.
* Fortalecimento da Vigilância: As autoridades de saúde enfatizaram a necessidade de fortalecer a vigilância epidemiológica e as estratégias de comunicação de risco. Isso inclui monitorar áreas de risco e informar a população sobre os perigos da febre amarela e a importância da vacinação.
* Coordenação Regional: A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a OMS estão apoiando os países na implementação de ações coordenadas para responder aos surtos, incluindo a melhoria da comunicação de risco e a gestão de casos.
* Aumento da Disponibilidade de Vacinas: Apesar da escassez global de vacinas, esforços estão sendo feitos para aumentar a disponibilidade e garantir que as populações em risco tenham acesso à imunização.
Essas ações refletem uma resposta abrangente e urgente à crise de saúde pública provocada pelo aumento dos casos de febre amarela, com o objetivo de proteger a saúde da população e prevenir surtos urbanos.

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