Surto global de sarampo continua a se espalhar
Os surtos de sarampo na Europa e na Ásia Central intensificaram-se no primeiro trimestre de 2024, com taxas de incidência até centenas de vezes superiores às dos Estados Unidos.
Chicago é uma das áreas mais afetadas este ano, registrando 61 casos até o momento, com 54% desses casos em pessoas com menos de quatro anos de idade, de acordo com o Departamento de Saúde Pública de Chicago.
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| Partícula do vírus do sarampo, ilustração. |
Este vírus, do grupo de vírus Morbillivirus, consiste em um núcleo de RNA (ácido ribonucléico) cercado por um envelope repleto de proteínas de superfície hemaglutinina-neuraminidase e proteína de fusão, que são usadas para se ligar e penetrar na célula hospedeira. O sarampo é uma erupção cutânea altamente infecciosa com coceira e febre. Afeta principalmente crianças, mas um ataque geralmente confere imunidade vitalícia.
Os níveis na Europa e na Ásia Central tornaram-se críticos, com os casos nos EUA ultrapassando 100, de acordo com dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Em todo o país, os casos de sarampo já quase dobraram em relação ao total do ano passado.
A Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido declarou um “incidente nacional” em resposta ao aumento de casos, sinalizando o crescente risco para a saúde pública. Além disso, os casos estão disparando em toda a Ásia Central. Um enorme surto nacional de sarampo atingiu agora 7.864 casos no Quirguistão em 8 de abril, o dobro do número registrado em dezembro passado.
Os especialistas culpam a hesitação na vacinação. De acordo com a Forbes, “segundo o Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra, a taxa de vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola em um dos focos de surtos de sarampo, a região de Birmingham, era de cerca de 83% em dezembro de 2022. Pode ter diminuído desde então. Para proteger a população de forma ideal, uma taxa de pelo menos 95% é crítica. E para ilustrar a gravidade da situação, de acordo com o UKSHA, apenas cerca de 50% das crianças tiveram sua série completa de MMR em partes do leste de Londres.”
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