Alertas e Atualizações Epidemiológicas da OPAS / OMS
Desde dezembro de 2016, o Brasil está experimentando um aumento da atividade do vírus da febre amarela. Entre 1 de dezembro de 2016 e 30 de junho de 2017 , 1659 epizootias em primatas não humanos foram registradas em 21 estados (Alagoas, Amazonas, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins) e no Distrito Federal; um total de 777 casos humanos foram relatados, incluindo 261 mortos, em oito estados (Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins), bem como no Distrito Federal. Em 9 de setembro de 2017, o governo do Brasil declarou que a atividade sazonal do vírus da febre amarela diminuiu .
Após a temporada de inverno de 2017 no hemisfério sul, observou-se novamente uma maior atividade do vírus da febre amarela. Entre 1 de julho de 2017 e 8 de janeiro de 2018, a infecção do vírus da febre amarela foi confirmada em relação a 358 epizootias em primatas não humanos nos estados de Mato Grosso do Sul (0,3% dos casos), Minas Gerais (9%), Rio de Janeiro (0,7%) e São Paulo (90%).
A partir de 8 de janeiro de 2018, 687 epizootias estavam sob investigação de febre amarela em 17 estados (Alagoas, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins) e no Distrito Federal.
Durante o mesmo período de tempo, a infecção por vírus da febre amarela foi confirmada em laboratório em 11 pacientes humanos, incluindo quatro que morreram, nos estados de Minas Gerais (um caso fatal), o Rio de Janeiro (um caso), São Paulo (8 casos, incluindo dois fatais) e o Distrito Federal (um caso fatal).
Considerando o aumento do nível de atividade do vírus da febre amarela observado em todo o estado de São Paulo, a Secretaria da OMS determinou que, além das áreas listadas em atualizações anteriores, todo o estado de São Paulo também deve ser considerado em risco de transmissão da febre amarela .
Conseqüentemente, a vacinação contra a febre amarela é recomendada para os viajantes internacionais que visitam qualquer área do estado de São Paulo.
A determinação de novas áreas consideradas em risco para a transmissão da febre amarela é um processo contínuo e as atualizações serão fornecidas regularmente.
O conselho atual da Secretaria da OMS para os viajantes internacionais que viajam para áreas do Brasil que estão em risco é o seguinte:
Vacinação contra a febre amarela pelo menos 10 dias antes da viagem. Note-se que, de acordo com o Anexo 7 do Regulamento Sanitário Internacional (2005), uma dose única de uma vacina contra a febre amarela aprovada pela OMS é suficiente para conferir imunidade sustentada e proteção ao longo da vida contra a febre amarela.
Os viajantes com contra-indicações para a vacina contra a febre amarela (crianças abaixo de 9 meses, mulheres grávidas ou amamentando, pessoas com hipersensibilidade grave aos antígenos dos ovos e imunodeficiência grave) ou com mais de 60 anos devem consultar seu profissional de saúde para obter conselhos;
Adoção de medidas para evitar mordidas de mosquito;
Consciência sobre sintomas e sinais de febre amarela;
Procurar cuidados em caso de sintomas e sinais de febre amarela, durante a viagem e após o retorno de áreas com risco de transmissão da febre amarela.
Editado e traduzido.
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FONTE: WHO http://www.who.int/ith/updates/20180116/en/
