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Febre Amarela Urbana no Brasil facilitada pelos mosquitos do gênero Aedes


Risco de reurbanização da febre amarela no Brasil facilitada por população competente de mosquitos do gênero Aedes



 Representação esquemáticas de possíveis ciclos de transmissão vetorial de arbovírus. Fonte: Anez et al. (2012).




O vírus da febre amarela (YFV), transmitido pela picada de mosquitos vetores infectados, pode causar uma doença viral mortal. No Brasil, o YFV é restrito a um ciclo silvestre mantido entre primatas não-humanos (PNH) e mosquitos acrodentrofílicos e, os seres humanos podem ser infectados acidentalmente ao penetrarem ou se aproximarem de ambientes naturais, especialmente durante epizootias em PNH. Desde novembro de 2016, números crescentes de casos humanos de febre amarela foram relatados no sudeste do Brasil, atingindo a costa Atlântica, uma das áreas mais povoadas da América do Sul, como o Estado do Rio de Janeiro, onde habitam cerca de 16 milhões de pessoas. Este estudo visou determinar a competência vetorial de dez populações naturais Sul Americanas (Brasil) e Africanas (Congo e Gabão) de mosquitos urbanos, Aedes (Stg.) aegypti e Ae. (Stg.) albopictus, e mosquitos silvestres, Haemagogus (Con.) leucocelaenus e Sabethes (Sab.) albiprivus, de áreas endêmicas, epidêmica/epizoótica e até recentemente livres de febre amarela, para três cepas do YFV: duas representantes dos genótipos Sul Americano I, uma da linhagem circulante até 2001 (1D) e outra circulante desde 2004 (1E), e do genótipo Oeste Africano. As taxas de infecção, disseminação e transmissão das cepas virais nas populações em questão foram determinadas aos 3º, 7º, 14º e 21º dpi. Infecção foi observada somente a partir do 7º.dpi; disseminação foi observada a partir do 7º dpi e transmissão geralmente do 14º dpi em diante, a despeito da população examinada e cepa viral Por isso, as análises foram feitas considerando os dados obtidos aos 14º e 21º dpi. Com poucas exceções, a cepa de YFV recentemente isolada (1E) foi mais eficiente em infectar Ae. aegypti, Ae. albopictus e Hg. leucocelaenus. Além disso, foi demonstrado que YFV disseminou do intestino médio para os tecidos secundários (cabeça) em todas as espécies de mosquito até 21 dpi, independentemente da cepa viral testada. Mosquitos Ae. albopictus e Ae. aegypti de áreas endêmicas, epizoótica e livre de YFV do Brasil e do Congo, foram experimentalmente competentes para transmitir as duas cepas brasileiras e a cepa africana do vírus, a partir do 14 dpi, com vantagens para a última espécie. Ae. aegypti, mas também Ae. albopictus do Rio de Janeiro demonstraram alta susceptibilidade aos YFV testados e altas taxas de transmissão, mais altas que suas populações da área enzoótica brasileira. Os mosquitos silvestres Hg. leucocelaenus e Sabethes albiprivus do Rio de Janeiro foram altamente suscetíveis às cepas dos genótipos Sul Americano I e do Oeste Africano. Portanto, é grande o risco de ressurgimento de epidemias de febre amarela urbana no Brasil, em especial





Referência: LIMA, Dinair Couto. Risco de reurbanização da febre amarela no Brasil facilitada por população competente de mosquitos do gênero Aedes. 2017. 113 f. Tese (Doutorado em Biologia Parasitária)-Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2017.

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