IML DE MACEIÓ: NOVELA SEM FIM





O Governo de Alagoas erra ao demonstrar total desinteresse em resolver o problema do IML de Maceió. Até a última quarta-feira, as autoridades estaduais não tinham encaminhado ofício à Universidade Federal de Alagoas pedido a cessão de um prédio localizado atrás do CCBi para instalação provisória do instituto, até a construção de uma nova sede própria. 

O local precisa de poucas adaptações, coisas que na iniciativa privada demandariam não mais que três dias. Já o governo alagoano estimou realizar as “reformas” em três meses. Mesmo assim, além de não enviar o ofício à Ufal solicitando a liberação do prédio, ainda não mandou a equipe de engenharia para ver as adaptações que precisam ser feitas. São coisas pequenas como a instalação de pias e de custo baixo. Como a segurança pública em Alagoas está sob “decreto de emergência”, não precisa nem ser feita licitação para realização das adaptações. 

“O que ocorre é falta de vontade política, é desinteresse do governo”, disse o presidente do Sinmed, Wellington Galvão, que comandou na semana passada reunião com os médicos legistas de Maceió que estão se deslocando até Arapiraca para cumprir a carga horária de trabalho. Na reunião, a categoria decidiu dar um prazo ao governo até o dia 31 deste mês, para que seja definido um local de trabalho adequado em Maceió. 

A partir do dia 1º de agosto, os legistas de Maceió deixarão de se deslocar para Arapiraca. Esses deslocamentos estão prejudicando os profissionais em outros vínculos de trabalho que eles mantêm na capital. Mas eles não são os únicos prejudicados: os familiares dos mortos também sofrem. Muitos, mesmo sem recursos, estão sendo obrigados a se deslocarem para Arapiraca para cuidar da liberação dos corpos de parentes para sepultamento em Maceió.

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