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Gripe A: Conselhos do Sul elaboram documento para enviar ao governo federal



O Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) reuniu, no dia 20, integrantes de suas Câmaras Técnicas de Emergência, Infectologia e Pediatria para analisar o crescente número de óbitos relacionados à infecção por Influenza A H1N1 e apresentar propostas aos gestores públicos para enfrentamento do problema que atinge o estado.
Ao lado dos conselhos do Paraná e Santa Catarina, o Cremers elabora um documento único para ser entregue ao Ministério da Saúde. O objetivo é alertar o governo federal para a necessidade de reforçar o combate à gripe A no sul do país em 2013. A região concentra 80% dos casos da doença registrados neste ano.
O presidente do Cremers, Rogério Wolf de Aguiar, avalia que os três estados do sul devem ter prioridade na distribuição das doses e a campanha de imunização deve começar mais cedo:
- Até pela intensidade do nosso clima, precisamos um tratamento diferenciado no combate à gripe.
Após discussão dos dados disponíveis (através da Secretaria da Saúde, OMS e dos diversos serviços de saúde do RS), houve consenso das CTs em relação aos seguintes itens:
a) Mesmo não se configurando uma epidemia com as características de 2009, há um evidente aumento de número de casos de Influenza A H1N1 em relação a 2010 e 2011.
b) Mesmo considerando possíveis vieses na metodologia para medir a incidência, observa-se em 2012 no RS uma nítida predominância de mortes causadas por H1N1 quando comparado com os casos associados a outros vírus (15% versus <5%). O que evidencia o reforço em medidas preventivas e imediato atendimento aos casos suspeitos de Influenza A H1N1.
c) A vacina é a única medida segura de proteção contra o vírus H1N1e deve ser fortemente recomendada.
d) Como 80% dos casos por H1N1 no Brasil ocorrem na região sul, a política de vacinação deve ser priorizada nos 3 estados.
e) Idealmente a vacinação deveria ser estendida a toda população. Havendo limites na sua disponibilidade, a política de vacinação prioritária nos grupos suscetíveis parece ser uma medida sensata e adequada.
f) Em razão dos picos de H1N1 ocorrerem ao redor da semana 26a semana epidemiológica, recomenda-se que a vacinação seja realizada com uma antecedência maior (março/abril).
g) As medidas de higienização devem ser reforçadas para evitar a propagação e disseminação.
h) A utilização precoce do Oseltamivir em síndromes gripais inespecíficas deve ser reforçada. Portanto, a política de facilitar o acesso a medicação após a prescrição médica é uma medida acertada.
i) Com o aumento no número de casos e a mortalidade observada, propõe-se que se retorne a política de criar unidades de atendimentos específicas para pacientes com síndromes gripais. Essas unidades permitem um atendimento precoce, diferenciado e retiram das emergências esse grupo de pacientes.
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Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) 
(51) 3219-7544

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