Morreu na madrugada de 12 março/2012, o garoto de 9 anos diagnosticado com raiva humana, internado no hospital e maternidade São Vicente de Paulo, em Barbalha, no interior do Ceará. De acordo com informações do hospital, o óbito aconteceu às 5h40, após uma queda de pressão e parada cardiorrespiratória.
O menino foi mordido por um sagui no dia 3 de fevereiro de 2012, enquanto brincava com o animal no município de Jatí, a 524km de Fortaleza. O acompanhamento médico só começou quase 15 dias depois,
quando o menino apresentou os primeiros sintomas de febre e vômito. Inicialmente foi diagnosticado como meningite, ma devido o comportamento inquieto, e a informação de que ele não havia procurado o sistema de saúde logo após a mordida, o quadro clínico passou a ser, possivelmente, de raiva humana.
A confirmação só veio quase 1 mês depois, quando, já internado, foi coletado material para exame em laboratório.
No Ceará já foram registrados dois casos de raiva humana em 2010. Um garoto de 10 anos do município de Ipu e 1 agricultor de 26 anos no município de Chaval vieram a óbito por causa da doença. (Editado NE10)
Comentário
Além da tragédia em si, o foco em relação ao caso foi, majoritariamente, a questão do protocolo de Recife que, por enquanto, figura apenas como uma perspectiva de terapêutica, heroica em se tratando de raiva.
Entretanto, a ocorrência do caso deve suscitar outras questões, tão ou mais importantes, que o tratamento em seu contexto atual:
- a necessidade de prover a população, notadamente aqueles indivíduos que residem ou se expõem a áreas ou situações de risco, de informações sobre a raiva e a disponibilidade e necessidade de esquemas de profilaxia pré e pós-exposição.
- a necessidade de capacitar profissionais da saúde para a suspeição, notificação, investigação laboratorial e sobre a existência de um protocolo de tratamento para raiva.
- a estruturação de uma vigilância (inclusive com componente de exame post mortem) para (meningo)encefalites virais, com a inclusão da raiva como agravo a ser investigado.(Promedorg)
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