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Sociedade civil e sociedade servil.

Cidadão ou Servo ?

05/01/2011

Sociedade civil e sociedade servil.


O que é sociedade civil? Quem se definiu na base societária assumindo essa feição? Quem está ganhando ou perdendo a partir dessa elaboração de mapa sociológico, aqui em Alagoas? Há muitas perguntas. Respostas não chegam.

Sociedade civil é um dos conceitos da teoria política clássica mais usados no discurso social e político contemporâneo, e a finalidade é apresentada em prol do bem coletivo. Em Gramsci, sociedade civil é o conjunto de organismos designados vulgarmente como privados, formados pelas organizações responsáveis tanto pela elaboração quanto pela difusão das ideologias, compreendendo assim o sistema escolar, as igrejas, os sindicatos, os partidos políticos, as organizações profissionais, a organização material da cultura (que se dá pelos jornais, revistas, editoras, meios de comunicação de massa, etc).

A sociedade civil faz um contraponto com a sociedade política, cada qual defendendo interesses específicos, materializam o consenso. Não se abre mão da dialética, dos caminhos do conflito, onde a força de uns e de outros se revelam na produção de uma sociedade mais ou menos consciente do papel de cada um. A mobilização social e da subjetividade são condições sine qua non para a transformação da realidade.

A legitimidade das idéias fortaleceu a expansão das entidades representativas dos interesses coletivos. Institucionalizamos a defesa do civil. Inúmeros avanços políticos tornaram-se palpáveis a partir da negociação entre as forças, inclusive aquele que se reveste com a pompa de “democracia”. Contudo, sentimos que em alguns momentos da história há uma acomodação dessa representatividade, tão colada ao poder dominante, que acertamos mais quando compreendemos o risco de vivermos uma simbiose de interesses, o que afeta o societário.

Sentimos falta da expressão aberta, material, das entidades representativas dos Direitos Humanos em Alagoas. Isso não é uma crítica, que aqui, na terra dos Marechais é sempre compreendida como algo pessoal, quase mortal! Isso é um chamado! Um grito! Uma sacudidela! Despertemos! A realidade sufocante da violência institucionalizada em Alagoas fere e mata!

Quem vos fala não é apenas uma mãe que chora a ausência material do filho, é mais uma mulher alagoana, meu nome poderia Silene Bandeira, Nara Cordeiro, Ana Dâmaso, Simone Viana, outras anônimas Marias mães e irmãs de travestis assassinados, meninos em condições de rua “sumidos”, meu nome poderia ser Alagoas de Luto, assistindo as falácias dos que não fazem nada em defesa da Vida! Quem poderá ecoar nossas denúncias? Quem poderá cobrar ações efetivas do Estado? Quem tem (e ocupa!) a legitimidade da negociação como sociedade civil?

Propusemos um Ato contra Tortura, Impunidade e Morte, sugerimos 22 de janeiro, podemos sugerir uma concentração às 15:hs na Praça Deodoro, centro de Maceió. Mas precisamos da participação dos Movimentos Sociais e Sociedade Civil maciça! 

Encerro este perguntando: Sociedade Civil ou Servil, representamos?



CONTATO:contratorturaimpunidadeemorte@hotmail.com

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