TUDO BEM NA SANTA MÔNICA


Depois das recentes entrevistas dos gestores estaduais da Saúde, os alagoanos respiram aliviados. Está tudo bem na Maternidade Escola Santa Mônica, onde desde o início deste mês morreram mais de 20 recém-nascidos. A imprensa e médicos que trabalham na maternidade fizeram o maior estardalhaço, tipo tempestade em copo d’água, tentando atribuir as mortes das crianças à falta de médicos, desabastecimento de insumos, desaparelhamento, falta de pessoal de apoio, estrutura física deficiente e superlotação. Tudo balela. As crianças morreram porque não tinham mesmo que sobreviver. Lãs já tinham cumprido suas missões para esta encarnação, no pouco tempo que aqui permaneceram ou enquanto estavam no ventre de suas mães.

A Santa Mônica vai muito bem, obrigado. A maternidade funciona, segundo assegurou a Secretaria da Saúde, em perfeitas condições de atendimento à população, salvando, todos os dias, inúmeras vidas. Sendo que as mortes que ocorrem são decorrentes de fatalidades, como prematuridade extrema, ou por descuido das mães que não fazem direito o pré-natal. Essas mães não se conscientizam mesmo!

Sendo assim, a população fica tranquila e consciente de que não tem com que se preocupar. Grávida de risco? Melhor ir correndo para a Santa Mônica, onde a assistência médica de primeiro mundo está garantida. Nunca a assistência materno-infantil funcionou tão bem em Alagoas. O atual governo opera milagres, e merece todo o reconhecimento dos alagoanos.

Dizer que faltam médicos, que o espaço físico é insuficiente, que a estrutura de atendimento é precária, que faltam medicamentos, que há superlotação e infecção hospitalar, e que isso tudo pode ser fatal para mães e bebês, não passa de mero discurso de profissionais preguiçosos, que não querem trabalhar, e de sindicato que, na falta do que fazer, fica ocupando o Ministério Público e a Defensoria Pública com denúncias vazias, que não podem ser comprovadas.

Alagoas, hoje, é exemplo do que há de melhor, mais moderno e mais eficiente em saúde pública. Os hospitais da rede pública estadual não deixam nada a desejar quando comparados aos melhores hospitais públicos dos países desenvolvidos.

Só tem um problema: o excesso de médicos. Como o Estado paga muito bem, ninguém quer deixar o emprego e aí as escalas de plantão ficam estouradas. É muita gente para pouco trabalho.
Na falta do que fazer, o pessoal excedente fica brincando de trabalhar, usando os equipamentos das unidades, estragando material de consumo. Também, quem manda o Estado cometer excessos de abastecimento e deixar as farmácias e almoxarifados abarrotados de coisas, que a demanda não dá conta de gastar?

Esse governo de Alagoas tem cada uma!

Coluna do Sinmed - Jornalista Responsável: Sandra Serra Sêca (Reg. MTE/AL359)
Estagiários: João Mousinho e Erika Ornelas - Contato: sinmedal@hotmail.com Acesse: www.sinmed-al.com.br

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