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Maceió AL - -

Enquanto o governo tratar médico como mão de obra descartável, o SUS vai continuar sangrando

Você está olhando para um retrato perfeito de como o governo adora brincar de “faça milagres com troco de pão”. O que está acontecendo em Alagoas não é só desrespeito — é um convite para o colapso do sistema de saúde pública.

Salário de especialista? Só se for piada

R$ 3.500 por 30 horas para cardiologia, pediatria, urologia e neuropediatria em Craíbas? Isso não paga nem a mensalidade de um curso de atualização, quanto mais compensa anos de estudo, plantões e responsabilidade.

Santa Luzia do Norte resolveu inovar: R$ 3 mil pela mesma jornada. A mensagem é clara: “Se vira, doutor, porque valorização aqui é só no discurso.”
E o troféu do absurdo vai para Pão de Açúcar: R$ 2.400 por 40 horas.


médico como mão de obra descartável,
Médico como mão de obra descartável


Por que ninguém quer ficar?

Falta de respeito: O médico investe quase uma década em formação, paga caro em cursos, congressos, livros, e na hora de receber, o governo oferece salário de estagiário.

Fuga de talentos: Com esses valores, só resta ver os melhores profissionais indo para o setor privado ou para outros estados. Quem fica? Muitas vezes, quem não tem opção.

Risco para a população: Sem especialistas, o atendimento despenca. Quem paga o preço? O cidadão comum, que fica sem acesso a diagnóstico e tratamento de qualidade.

O problema é gestão, não falta de dinheiro

Não adianta prefeito posar de “gestor eficiente” enquanto torra dinheiro com cargos comissionados, festas e publicidade, mas na hora de pagar quem salva vidas, faz cara de paisagem. O orçamento existe — o que falta é prioridade.

Quanto vale a vida?

Pelo visto, para muitos gestores, vale menos que o salário de um atendente de fast food. E depois querem reclamar da falta de médicos, do atendimento precário, das filas intermináveis. Não é falta de vocação, é falta de vergonha na cara de quem administra.

Resumo: Enquanto o governo tratar médico como mão de obra descartável, o SUS vai continuar sangrando. E quem sofre é sempre o povo.

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