Irã diz que está disposto a retomar negociações
O ministro das Relações Exteriores do Irã disse no sábado que seu país aceitaria a retomada das negociações nucleares com os EUA se houvesse garantias de que não haveria mais ataques contra ele, informou a mídia estatal.
O Ministro das Relações Exteriores Abbas Araghchi disse em um discurso a diplomatas estrangeiros baseados em Teerã que o Irã sempre esteve pronto e estará pronto no futuro para negociações sobre seu programa nuclear, mas "deve-se garantir que, em caso de retomada das negociações, a tendência não levará à guerra".
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| O Ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, participa da reunião de abertura da Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro, Brasil, em 6 de julho de 2025. Foto de Ricardo Moraes/Reuters |
Referindo-se ao bombardeio israelense de 12 dias contra instalações nucleares e militares do Irã e ao ataque americano de 22 de junho, Araghchi disse que, se os EUA e outros países desejarem retomar as negociações com o Irã, "em primeiro lugar, deve haver uma garantia firme de que tais ações não se repetirão. O ataque às instalações nucleares do Irã tornou mais difícil e complicado alcançar uma solução baseada em negociações".
Após os ataques, o Irã suspendeu a cooperação com o órgão de vigilância nuclear da ONU, o que levou à saída dos inspetores.
Araghchi afirmou que, segundo a lei iraniana, o país responderá ao pedido de cooperação da agência "caso a caso", com base nos interesses do Irã. Ele também afirmou que qualquer inspeção da agência deve ser realizada com base nas preocupações de "segurança" do Irã, bem como na segurança dos inspetores. "O risco de proliferação de ingredientes radioativos e de uma explosão de munição remanescente da guerra nas instalações nucleares atacadas é grave", afirmou.
Ele também reiterou a posição do Irã sobre a necessidade de continuar enriquecendo urânio em seu território. O presidente dos EUA, Donald Trump, insiste que isso não pode acontecer.
Israel alega ter agido porque Teerã estava ao alcance de uma arma nuclear. Agências de inteligência dos EUA e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) avaliaram que o Irã teve seu último programa organizado de armas nucleares em 2003, embora Teerã estivesse enriquecendo urânio em até 60% — um pequeno passo técnico para atingir níveis de 90% para armas nucleares.
O presidente iraniano Masoud Pezeshkian disse em uma entrevista publicada na segunda-feira que os ataques aéreos dos EUA danificaram tão gravemente as instalações nucleares de seu país que as autoridades iranianas ainda não conseguiram acessá-las para avaliar a destruição.
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Com Agências
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