O ultraprocessamento de alimentos tem sido um tema de crescente preocupação em relação à saúde cardiovascular. Recentemente, um estudo publicado no Journal of the American College of Cardiology revelou que o consumo de alimentos ultraprocessados pode aumentar o risco de morte por doenças cardiovasculares em 9% a cada porção adicional consumida. Além disso, outro estudo divulgado pela revista BMJ destacou que a ingestão frequente de alimentos ultraprocessados pode estar relacionada a 32 problemas de saúde, incluindo câncer, doenças cardíacas e pulmonares graves, distúrbios de saúde mental e mortalidade precoce.
Um estudo mais recente, publicado no The Lancet Regional Health—Europe, avaliou a relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o risco cardiovascular, considerando alimentos de origem vegetal. A análise utilizou dados de 126.842 participantes do UK Biobank, com um acompanhamento médio de 9 anos. Os resultados mostraram que cada aumento de 10 pontos percentuais no consumo de alimentos ultraprocessados de origem vegetal foi associado a um risco 7% menor de doenças cardiovasculares e um risco 13% menor de mortalidade por essas doenças. No entanto, o consumo de alimentos ultraprocessados de origem não vegetal foi associado a um risco aumentado de 5% e a uma mortalidade 12% maior.
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Esses achados sugerem que a contribuição dietética de alimentos ultraprocessados não de origem vegetal está inversamente ligada ao risco de doenças cardiovasculares, enquanto a contribuição de alimentos ultraprocessados de origem vegetal apresenta uma associação positiva. Isso destaca a importância de reconhecer o papel do processamento de alimentos na prevenção de doenças cardiovasculares, mesmo em dietas de origem vegetal.
Essas descobertas são consistentes com outras pesquisas que destacam os efeitos negativos do consumo de alimentos ultraprocessados na saúde. Por exemplo, um estudo publicado pela Fiocruz encontrou que o consumo de alimentos ultraprocessados está associado a um aumento do risco de dislipidemias, hipertensão e obesidade, todos fatores de risco importantes para doenças cardiovasculares. Além disso, o Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde destaca que os alimentos ultraprocessados têm baixa qualidade nutricional, alta densidade energética e elevada quantidade de gordura, açúcar e sódio, contribuindo para o aumento do risco de doenças crônicas.
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Embora os alimentos ultraprocessados em geral sejam considerados prejudiciais à saúde devido ao seu alto teor de sódio, gordura e açúcar, os alimentos ultraprocessados de origem vegetal podem ter efeitos positivos na saúde cardiovascular.
O estudo publicado no The Lancet Regional Health—Europe descobriu que o consumo de alimentos ultraprocessados de origem vegetal está associado a um risco menor de doenças cardiovasculares e mortalidade por essas doenças. Cada aumento de 10 pontos percentuais no consumo de alimentos ultraprocessados de origem vegetal foi associado a um risco 7% menor de doenças cardiovasculares e um risco 13% menor de mortalidade por essas doenças.
Esses achados sugerem que, embora os alimentos ultraprocessados em geral sejam desbalanceados nutricionalmente, os alimentos ultraprocessados de origem vegetal podem ter benefícios específicos para a saúde cardiovascular. No entanto, é importante notar que esses benefícios devem ser considerados em conjunto com a necessidade de uma dieta equilibrada e saudável, com um consumo moderado de alimentos ultraprocessados e uma preferência por alimentos in natura e minimamente processados.
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Em resumo, a análise da coorte do UK Biobank e outras pesquisas recentes reforçam a importância de uma dieta equilibrada e saudável, com um consumo moderado de alimentos ultraprocessados, especialmente aqueles de origem não vegetal. Além disso, é fundamental promover políticas de saúde pública que incentivem a escolha de alimentos in natura e minimamente processados, contribuindo para a prevenção de doenças cardiovasculares e melhorando a saúde da população.
PALAVRAS-CHAVE:
Ultraprocessados Alimentos Vegetal Cardiovascular Doenças Risco Nutrição Processamento Saúde Dieta
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