A estratégia de combate à dengue no Brasil recebe um impulso com o avanço do Método Wolbachia, desenvolvido pela Fiocruz em parceria com o World Mosquito Program (WMP) e financiado pelo Ministério da Saúde. O programa, em andamento em Joinville (SC), Foz do Iguaçu (PR) e Londrina (PR), entra em uma nova fase com o engajamento da comunidade. Além disso, a biofábrica do Rio de Janeiro recebeu investimentos em equipamentos de última geração para aumentar a produção de mosquitos Wolbitos.
O Método Wolbachia já está presente em cinco municípios brasileiros: Rio de Janeiro, Niterói, Campo Grande, Belo Horizonte e Petrolina (PE). A ampliação desse método é fundamental para enfrentar futuras epidemias e proteger a população brasileira, conforme destacou Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.
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| Insetário da biofábrica do Rio de Janeiro (foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil) |
O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, que impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, zika e chikungunya no inseto, reduzindo assim a transmissão dessas doenças. Vale ressaltar que os mosquitos Wolbitos não são geneticamente modificados e não transmitem doenças.
A expansão do Método Wolbachia inclui a conclusão da biofábrica em Belo Horizonte, como parte do acordo com a Vale S.A. para reparar os danos causados pelo rompimento das barragens em Brumadinho. A biofábrica será responsável pela produção e distribuição dos mosquitos Wolbitos, com uma capacidade de produção semanal estimada em 2 milhões de mosquitos.
O programa também está em andamento em Joinville, onde a fase de engajamento comunitário precede a liberação dos mosquitos, prevista para julho. Os bairros selecionados para o projeto representam cerca de 60% da população da cidade. Após a liberação dos mosquitos, os locais serão monitorados por aproximadamente um ano para avaliação dos resultados.
Essas iniciativas representam um avanço significativo no combate à dengue e outras arboviroses, demonstrando a importância de investimentos em pesquisas e tecnologias inovadoras para proteger a saúde pública.
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