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Febre hemorrágica da Crimeia-Congo infecta profissionais de saúde em surto no Paquistão

Hyalomma marginatum


Numa região remota da província paquistanesa do Baluchistão, um surto de febre hemorrágica da Crimeia-Congo (CCHF) tem vindo a aterrorizar a população e a comunidade médica local. A doença, transmitida por carrapatos, é endêmica em várias partes do mundo, incluindo África, Balcãs, Oriente Médio e Ásia. O vírus, conhecido pela sua alta taxa de letalidade, pode causar epidemias devastadoras, especialmente em situações onde fluidos corporais infectados estão envolvidos.

Desde agosto, um painel de mensagens de notícias sobre doenças infecciosas, conhecido como FluTrackers, tem registrado continuamente casos de CCHF em Quetta, a capital do Baluchistão. Estes casos, que aumentaram de forma alarmante, levaram à hospitalização de dezenas de pessoas, incluindo profissionais de saúde. Médicos e enfermeiros, dedicados ao cuidado dos doentes, encontram-se agora entre as vítimas deste surto, com o número de mortes a aumentar a cada dia.

Em 4 de novembro, os meios de comunicação locais relataram oito novos casos no surto, cinco dos quais envolvendo médicos dedicados ao tratamento dos infetados. No dia seguinte, o governo do Baluchistão declarou alerta vermelho após 16 mortes, incluindo a de um médico notável, devido à CCHF. As autoridades de saúde estão a trabalhar incansavelmente para conter a propagação da doença, isolando as áreas afetadas e implementando medidas rigorosas de desinfecção.

Este surto trouxe à tona a gravidade da situação, levando as autoridades a tomar medidas drásticas. No Hospital Civil de Quetta, onde o primeiro caso foi identificado, medidas extremas de contenção foram adotadas. A ala afetada foi isolada, e todos os mercados de gado na província foram desinfetados. Além disso, foi proibido o abate privado de animais em áreas públicas durante duas semanas, numa tentativa de evitar a propagação da CCHF.

Além das fronteiras do Paquistão, países onde a CCHF é endêmica, como o Iraque, continuam a lutar contra o vírus. Em 2022, o Iraque relatou um aumento preocupante na atividade da doença, com centenas de casos espalhados por várias províncias. A Organização Mundial de Saúde emitiu notificações sobre a situação, destacando a urgência de medidas preventivas.

Surpreendentemente, países onde a CCHF não é endêmica também estão enfrentando desafios. Em outubro, a Public Health France relatou a primeira detecção de CCHF em carraças Hyalomma recolhidas em bovinos nos Pirenéus Orientais, no sul do país. Esta descoberta levanta preocupações sobre a possível disseminação do vírus para novas áreas, aumentando ainda mais a necessidade de vigilância e medidas preventivas rigorosas.

Atualmente, não existem vacinas ou tratamentos específicos para a CCHF. No entanto, os pacientes podem beneficiar de tratamento precoce e agressivo em unidades de cuidados intensivos. A comunidade médica global está unida na sua busca por uma solução para este surto, trabalhando incansavelmente para entender melhor o vírus e encontrar formas eficazes de prevenção e tratamento.

Este surto de CCHF no Baluchistão é um lembrete sombrio da importância da vigilância constante e da prontidão para enfrentar doenças infecciosas emergentes. A comunidade internacional deve permanecer unida nesta luta, partilhando conhecimentos e recursos para proteger vidas e garantir um futuro mais saudável para todos.
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