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A enfermidade hemorrágica epizoótica (EHE), que impacta cervídeos e bovinos, continua a avançar em território francês, contabilizando quase 3.000 focos registrados. Apesar de os primeiros casos de EHE terem sido identificados em setembro de 2023, a França se depara agora com "2.954 focos" desta patologia em estabelecimentos agropecuários, conforme reportado no mais recente comunicado do Ministério da Agricultura. Esses surtos abrangem 13 departamentos distintos, a saber: Pireneus-Atlânticos, Altos Pireneus, Haute-Garonne, Gers, Landes, Ariège, Aude, Tarn, Lot-et-Garonne, Gironde, Tarn-et-Garonne, Dordogne e Corrèze, conforme detalhado pela mesma fonte. Em relação aos recentes desdobramentos da situação da EHE na Europa, a Suíça comunicou, na primeira quinzena de outubro de 2023, dois focos nos cantões de Berna e Jura. Vale ressaltar que medidas foram implementadas nos departamentos franceses situados num raio de 150 km desses focos. Contudo, as autoridades suíças cancelaram esses dois casos em 24 de outubro de 2023, resultando na suspensão imediata das precauções adotadas do lado francês, conforme esclarece a mesma fonte. A EHE apresenta sintomas clínicos notavelmente semelhantes aos da língua azul (TB), incluindo febre, perda de peso, lesões bucais e dificuldades respiratórias, gerando uma taxa de mortalidade bastante reduzida. Até o momento, não se dispõe de uma vacina para esta moléstia.
Em solo espanhol, mais especificamente na Comunidade de Madrid, uma condição conhecida como a COVID das vacas, ou seja, a doença hemorrágica epizoótica (DHE), tem causado estragos, ceifando a vida de 340 bovinos até o presente outono. Esta patologia bovina está exercendo uma pressão considerável sobre um setor pecuário já castigado, como observa Francisco José García, presidente da Associação Agrária de Jovens Agricultores e Pecuaristas de Madrid (ASAJA). "O número de óbitos cresceu nas últimas semanas. Contudo, há um agravante adicional: a doença acarreta danos físicos em uma parcela elevada de animais, que adoecem sem, no entanto, perecer, resultando em abortos e malformações em fêmeas grávidas", alerta García, expressando preocupação com a disseminação do vírus transmitido por mosquitos. Apesar das diversas manifestações indicando este problema, os primeiros sintomas frequentemente manifestam-se como lesões na boca, dificuldades locomotoras e perda de apetite. "Essa doença enfraquece o rebanho", afirma o presidente da ASAJA, citando dados do Departamento de Meio Ambiente e Agricultura da região, que registrou 2.180 animais doentes, impactando cerca de 600 explorações agrícolas. García, no entanto, tranquiliza a população, enfatizando que "não há perigo para o consumo". Ele esclarece que a doença não é transmissível aos humanos, distinguindo-se da doença da vaca louca. A transmissão ocorre apenas se um mosquito pica um espécime doente e, em seguida, um saudável. Não há contágio se dois animais compartilham o mesmo espaço. Essa condição está acarretando "grandes perdas econômicas", ressalta García, estimando em torno de meio milhão de euros apenas em gado morto, considerando também os animais que adoeceram, totalizando cerca de um milhão de euros. Diante desse cenário, a ASAJA solicitou "auxílio direto" da Comunidade de Madrid, pedindo cerca de 900 euros por bovino morto, além de recursos para cobrir despesas veterinárias de pessoas afetadas que não vieram a óbito. Além disso, instou diversas instituições a investigar esta enfermidade, ainda sem vacina aprovada, buscando controlá-la. Um veterano agricultor, conhecido apenas como "OH", que dedicou toda a sua vida ao campo, está entre os afetados, perdendo "5 mães" e outros bovinos doentes que conseguiram se recuperar. Frustrado e pessimista, ele expressa: "Só nos resta aguardar a ajuda e suportar a tempestade". Subsídios que, ao que tudo indica, não tardarão a chegar. Desde o início do surto, a Comunidade de Madrid tem mantido contato constante com as Associações de Defesa da Pecuária para monitorar a enfermidade, indicando medidas para cuidar dos animais afetados e evitar novas infecções por meio de desinfestação. Atualmente, existem 1.554 fazendas de gado, abrigando um censo superior a 98.500 cabeças. O Ministério do Meio Ambiente e Agricultura implementou um serviço de detecção por drones, munidos de câmeras térmicas, para identificar animais doentes. Apesar do "desespero" neste setor, o presidente da ASAJA destaca que a situação já era crítica antes da EHE, vindo de um ano de seca com custos elevados de produção. "Dá vontade de desistir da atividade", conclui García, vislumbrando uma tênue esperança no inverno. "Os mosquitos deveriam perder a atividade com as baixas temperaturas. No entanto, o receio de uma piora persiste".
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