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No cenário de uma preocupante epidemia, autoridades de saúde tailandesas fazem um apelo urgente à população: evitem a carne de porco crua ou mal cozida a todo custo. O Streptococcus suis, um microrganismo aparentemente inofensivo, revela sua face mortal quando entra no organismo humano através do consumo inadequado de carne suína. Até o momento, 500 casos foram registrados em várias províncias, com um alarmante saldo de 24 vidas perdidas, segundo o Departamento de Controle de Doenças.
A complexidade dessa ameaça se estende além do simples ato de ingerir carne contaminada. A disseminação do Streptococcus suis foi vinculada não apenas ao consumo de carne crua ou mal preparada, mas também a refeições que incluíam sangue de porco e ao contato direto com animais potencialmente infectados. As redes sociais revelaram uma tendência preocupante: o hábito de consumir alimentos crus aliado ao consumo de álcool, uma combinação que eleva significativamente o risco de infecção.
A Tailândia, ciente da seriedade dessa situação, organizou recentemente um Simpósio Internacional sobre Doenças Emergentes e Reemergentes dos Suínos, bem como um Workshop Internacional sobre o Streptococcus suis. Especialistas se reuniram para discutir não apenas a epidemiologia e o diagnóstico dessa bactéria, mas também estratégias de controle e prevenção em humanos.
Os números alarmantes de infecções por Streptococcus suis em humanos ressaltam a necessidade premente de conscientização. Em 2021, 266 casos e 12 mortes foram relatados, com maior incidência em idosos e trabalhadores rurais e de matadouros. A infecção por Streptococcus suis, muitas vezes assintomática em suínos, se manifesta em humanos com sintomas graves: febre intensa, dores de cabeça persistentes, vômitos, rigidez de nuca, entre outros.
A prevenção, nesse contexto, assume um papel crucial. Os consumidores são instados a evitar carne de porco crua ou mal cozida, bem como sangue fresco. A carne deve ser cozida a uma temperatura interna de 70 graus Celsius, eliminando qualquer risco de contaminação. Além disso, a compra de carne fresca deve ser restrita a fontes confiáveis, e medidas básicas de higiene, como lavar as mãos regularmente e utilizar utensílios separados para carne crua e cozida, são imprescindíveis.
Não podemos subestimar a complexidade dessa ameaça, especialmente em um mundo onde as práticas culinárias variam amplamente. O consumo de carne suína crua é uma tradição no Sudeste Asiático, mas a vigilância é necessária para conter a propagação do Streptococcus suis. A resistência antimicrobiana também surge como uma preocupação adicional, conforme algumas cepas demonstram resistência a múltiplos medicamentos, agravando ainda mais a situação.
Este alerta na Tailândia não apenas destaca a importância da segurança alimentar, mas também nos lembra da complexidade do mundo microscópico que nos cerca. O Streptococcus suis, apesar de sua pequenez, revela-se um inimigo formidável quando as condições são propícias. Cabe a todos nós, como consumidores e como sociedade, permanecer vigilantes e informados, adotando práticas seguras e conscientes ao lidar com produtos suínos.
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