Vista aérea da barragem e central hidroelétrica de Miranda do Douro,Portugal |
Numa região já assolada pela seca, surge agora uma nova ameaça para os agricultores de Trás-os-Montes: a doença hemorrágica epizoótica (EHD). Trinta e três casos desta enfermidade, transmitida por insetos e que afeta maioritariamente os ruminantes, foram identificados em bovinos. Os sintomas, semelhantes aos do vírus da língua azul, incluem febre, falta de apetite, úlceras na boca e salivação excessiva. Para agravar as preocupações dos agricultores, a vulnerabilidade do gado infetado aumenta à medida que o seu sistema imunológico fica comprometido.
Esta epidemia, originada por um mosquito e aparentemente ligada a cervos, tem-se alastrado na região. As primeiras ocorrências foram detectadas em julho e início de agosto de 2023, tornando-se mais frequentes desde setembro do mesmo ano. De acordo com um comunicado da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) emitido em outubro de 2023, todos os distritos e municípios de Portugal continental estão agora sob a influência deste surto.
Nas áreas mais afetadas do norte, como Mogadouro, Miranda do Douro e parte de Vimioso, assim como em Bragança, os agricultores enfrentam não apenas a incerteza quanto ao presente, mas também uma apreensão crescente em relação ao futuro das explorações pecuárias e à produção de carne. Esta situação de crise vem após dois anos consecutivos de seca, tornando as perspectivas ainda mais sombrias.
O veterinário Válter Raposo, da Associação Nacional dos Criadores Mirandeses, alerta para a ausência de cura ou vacina para esta enfermidade, sublinhando que a prevenção se resume à adoção de cuidados extremos nas explorações pecuárias, incluindo o uso frequente de repelentes de insetos. As vacas apresentam não apenas sintomas físicos, mas também consequências económicas para os produtores, gerando uma onda de preocupação que se estende por toda a região.
A falta de informação pública detalhada sobre a propagação do EHD em Portugal tem levantado inúmeras questões entre os residentes locais. A incerteza persiste quanto à extensão do surto, deixando as comunidades rurais à mercê desta epidemia silenciosa. À medida que os agricultores enfrentam este desafio, a esperança reside na rápida mobilização das autoridades para conter o avanço da doença e proteger não apenas o gado, mas também o sustento e a segurança das pessoas que dependem da agricultura nesta região já tão castigada pela natureza.
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