Publicado em 28 de setembro, o Boletim InfoGripe, após semanas de alerta acerca do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) devido à Covid-19 em algumas regiões do país, revela que o quadro ainda persiste predominantemente no Rio de Janeiro e São Paulo. No que se refere às incidências gerais de SRAG em todo o território nacional, a análise constata uma tendência estável a longo prazo (nas últimas seis semanas) e um crescimento a curto prazo (nas últimas três semanas). Com relação à Semana Epidemiológica (SE) 38, ocorrida de 17 a 23 de setembro, esse estudo se baseia nos dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 25 de setembro.
O maior volume de casos de Covid-19, nos dois estados mencionados, foi registrado predominantemente em adultos, especialmente na faixa etária mais avançada. O pesquisador Marcelo Gomes, que lidera o InfoGripe, ressalta que no Rio de Janeiro existe um "tênue indício" de desaceleração no ritmo de crescimento da Covid-19. Entretanto, Gomes observa que é um cenário que requer cautela. "Precisamos continuar monitorando as próximas semanas, pois, até o momento, persiste um sinal de crescimento. São Paulo também apresenta um crescimento lento e restrito à população de idade mais avançada, mas ainda é presente", afirma.
O pesquisador enfatiza a importância da imunização contra a Covid-19 em todas as faixas etárias, assim como a manutenção de medidas essenciais, como o uso de máscaras de proteção de alta qualidade. "Essas recomendações são válidas não apenas para aqueles que fazem parte dos grupos de risco, mas para toda a população."
No que diz respeito aos vírus da influenza A e ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), a situação se mantém estável ou em declínio na maioria dos estados brasileiros. Quanto aos casos de rinovírus em crianças e pré-adolescentes, há uma considerável redução na grande maioria do país, restando apenas alguns estados com registros associados a essa doença.
Analisando as regiões, quatro estados apresentaram indícios de aumento de SRAG em uma perspectiva de longo prazo: Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro e Tocantins. No Nordeste, o crescimento está concentrado nas crianças. Em Tocantins, o indício é compatível com uma oscilação.
No Rio de Janeiro, como mencionado anteriormente, a tendência de crescimento é mais notável entre a população adulta, com destaque para os casos de Covid-19, o mesmo ocorre em São Paulo. Entre as capitais, seis registraram crescimento no número de casos: Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Palmas (TO), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA) e São Paulo (SP). Em Fortaleza, o aumento é mais evidente entre crianças e pré-adolescentes de 5 a 14 anos de idade. Nas capitais carioca e paulista, há uma concentração na população mais idosa. Nas outras cidades mencionadas, o sinal ainda aponta para oscilação.
Quanto aos resultados positivos para vírus respiratórios e óbitos nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultados positivos foi a seguinte: influenza A (1,7%), influenza B (1%), Vírus Sincicial Respiratório (10,3%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (44,2%). Em relação aos óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os casos positivos foi de: influenza A (0,9%), influenza B (0,9%), Vírus Sincicial Respiratório (1,8%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (77,5%).
No contexto do ano epidemiológico de 2023, foram notificados até o momento 138.963 casos de SRAG, dos quais 53.565 (38,5%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 69.954 (50,3%) tiveram resultados negativos, e pelo menos 8.053 (5,8%) ainda aguardam resultado laboratorial. Os dados de positividade para as semanas recentes podem sofrer alterações significativas nas atualizações subsequentes devido ao fluxo de notificação de casos e à inclusão de resultados laboratoriais associados.
Entre os casos positivos deste ano, 8,5% são de influenza A, 4,5% de influenza B, 38,2% de VSR e 30,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 1,7% para influenza A, 1% para influenza B, 10,3% para VSR e 44,2% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
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