Ilustração microscópica de Corynebacterium diphtheriae, bactéria Gram-positiva em forma de bastonete que causa infecção respiratória difteria |
Uma equipe do Instituto Pasteur revela uma nova espécie bacteriana, pertencente à família Corynebacterium, com capacidade para causar difteria.
Anteriormente confundida com outra espécie, sua identificação possibilitará um acompanhamento mais preciso para prevenir a doença.
A difteria, historicamente uma condição frequentemente fatal, continua sendo monitorada de perto, apesar da vacinação em massa. Embora a maioria dos casos seja causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, pesquisadores do Instituto Pasteur recentemente identificaram uma nova espécie bacteriana capaz de causar a doença, denominada Corynebacterium ramonii. Esta espécie era anteriormente confundida com outra bactéria, a C. ulcerans, também responsável pela difteria. Sylvain Brisse, líder da Biodiversidade e Epidemiologia de Bactérias Patogênicas no Centro Nacional de Referência (CNR) para difteria no Instituto Pasteur, esclarece: "Não se trata de uma espécie emergente de Corynebacterium, mas sim de uma espécie recentemente identificada, geneticamente distinta da C. ulcerans."
Entendendo Melhor as Corynebactérias para um Monitoramento Efetivo
A especificação taxonômica das espécies bacterianas possibilita uma vigilância mais precisa. "Suspeitamos que esta espécie possa ser transmitida de humano para humano, ao contrário da C. ulcerans, com a qual foi confundida e que é transmitida por animais", explica Chiara Crestani, responsável pelas análises desta nova espécie. Embora essa bactéria seja rara, é crucial identificá-la para prevenir potenciais surtos. No entanto, os pesquisadores asseguram: "A toxina diftérica produzida pela C. ramonii é muito semelhante àquela contra a qual a vacina da difteria protege, portanto, a imunização oferece cobertura para essa nova espécie também. Além disso, não há razões para acreditar que a infecção por essa nova bactéria cause sintomas diferentes dos causados pela difteria convencional, nem parece apresentar resistência aos antibióticos."
Uma Homenagem a Gaston Ramon
Esta descoberta de uma nova espécie amplia o trabalho anteriormente realizado para esclarecer a taxonomia das Corynebactérias. "Já tínhamos diferenciado em estudos anteriores as espécies C. rouxii e C. belfantii, que costumavam ser confundidas com a C. diphtheriae", explica Sylvain Brisse.
Esta descoberta é uma oportunidade para prestar homenagem a Gaston Ramon, pesquisador do Instituto Pasteur, formado na Escola Veterinária de Alfort, que desenvolveu vacinas contra difteria e tétano em 1923. Estas vacinas salvaram milhões de vidas a partir da década de 1950. Exatamente 100 anos após seu trabalho pioneiro, o Instituto Pasteur continua sua missão de vigilância e saúde pública em relação à difteria, graças ao Centro Nacional de Referência para a Difteria.
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