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Bicentenário da morte de Antonio José Ruiz de Padrón: um herói contra a inquisição

Antonio José Ruiz de Padrón, abade de Vilamartín de Valdeorras e deputado nas Cortes de Cádiz 




No cenário complexo do século XIX, onde a Espanha se debatia entre os resquícios do Antigo Regime e a urgência de uma modernidade, surgiu uma figura notável: Antonio José Ruiz de Padrón. Nascido em La Gomera, Canárias, em 9 de novembro de 1757, e falecido em Vilamartín de Valdeorras em 8 de setembro de 1823, Ruiz de Padrón deixou uma marca indelével na história espanhola. Sua vida, permeada por um compromisso feroz com a liberdade e pela luta incansável contra a Inquisição, ecoa através dos séculos, lembrando-nos de sua coragem e dedicação.

A Formação de um Visionário

Desde cedo, Ruiz de Padrón demonstrou um talento excepcional. Sua formação monástica franciscana em sua terra natal forjou suas convicções e preparou-o para um destino grandioso. Influenciado pelo pensamento iluminista e liberalismo econômico, ele logo se tornou um fervoroso defensor da liberdade e da reforma social. Sua jornada levou-o a Filadélfia, onde absorveu ideias políticas inovadoras e experimentou uma nova tolerância religiosa, moldando suas crenças de maneiras profundas e duradouras.

O Brilho nas Cortes de Cádiz

O ponto culminante da vida de Ruiz de Padrón foi, sem dúvida, sua participação nas Cortes de Cádiz. Lá, ele se destacou como um ardente defensor das ideias liberais, desempenhando um papel crucial nos debates sobre a Constituição de 1812, a abolição do Voto de Santiago e, mais significativamente, a luta contra a Inquisição. Seus argumentos eloquentes ecoaram pelos corredores, desafiando os fundamentos de uma instituição antiquada. Sua defesa apaixonada da liberdade religiosa e sua proposta de regência por doña Carlota Joaquina de Borbón destacaram-no como um líder destemido.

O Confronto com o Absolutismo

Infelizmente, a era pós-Cádiz trouxe consigo uma onda reacionária. Como muitos liberais, Ruiz de Padrón foi perseguido. Em 1814, ele foi condenado à reclusão pelo obscurantismo da Igreja. Após sua libertação em 1818, ele continuou sua luta, agora como deputado por Galícia. Sua saúde debilitada não o impediu de persistir, mas sua doença finalmente o consumiu. Em 2 de junho de 1820, ele foi eleito novamente como deputado, mas sua participação foi limitada pela febre amarela que contraiu em Cádiz. Ele faleceu em Vilamartín de Valdeorras em 8 de setembro de 1823, poucos dias antes da liberdade ser sufocada pela entrada das tropas da Santa Aliança.

Legado Duradouro

Ruiz de Padrón não foi apenas um homem de seu tempo; ele era um visionário cujas ideias ressoam em nossa era contemporânea. Sua coragem ao desafiar o status quo e sua determinação em enfrentar a Inquisição continuam a inspirar aqueles que buscam a verdade e a liberdade. Enquanto celebramos o bicentenário de sua morte, devemos lembrar-nos de seu legado duradouro. Sua história é um lembrete poderoso de que, mesmo diante das adversidades mais sombrias, a luta pela justiça e pela liberdade é uma causa nobre que vale a pena ser defendida.


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Com Agências :
Referências:
Discurso de Ruiz de Padrón sobre a Abolição da Inquisição.
Arquivos Históricos de Vilamartín de Valdeorras.
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