Vírus Rio Negro: Primeiro Caso de Infecção Humana na Bolívia
No ano de 2021, um trabalhador agrícola oriundo de Trementinal, Argentina, buscou tratamento para uma doença febril em Tarija, Bolívia, onde estava residindo na época do início dos sintomas. Após testar negativo para o RNA do hantavírus, uma amostra de soro foi submetida a um sequenciamento de próxima geração, resultando na obtenção do genoma completo para o vírus Rio Negro (RNV).
ilustração 3D mostrando infecção cerebral e visão aproximada dos vírus da encefalite equina venezuelana |
O RNV, um subtipo VI do vírus da encefalite equina venezuelana (VEEV) e pertencente à família Togaviridae e ao gênero Alphavirus, foi inicialmente identificado em 1987, isolado de mosquitos coletados no Chaco, Argentina. Desde então, tem sido detectado em mosquitos, roedores na Argentina e em morcegos no Uruguai. Apesar de associações sorológicas entre o RNV e surtos de doença febril indiferenciada na Argentina, evidências moleculares de infecção humana eram escassas.
Um jovem migrante de 21 anos, sem histórico médico relevante, apresentou-se em maio de 2021 com febre, calafrios, cefaleia, náusea, artralgia, mialgia, dor torácica e hiperemia. Embora inicialmente suspeitas de infecção por SARS-CoV-2 ou hantavírus tenham sido consideradas, testes clínicos e sorológicos não confirmaram essas hipóteses. Após tratamento empírico com levofloxacino, dexametasona e betametasona, o paciente se recuperou completamente e foi liberado após cinco dias de internação.
Em dezembro de 2021, amostras arquivadas foram analisadas para anticorpos e RNA de hantavírus. Enquanto a amostra do paciente foi negativa para RNA do hantavírus, a análise genômica revelou a presença do RNV, corroborada por RT-PCR de alfavírus e sequenciamento. A falta de informações detalhadas sobre a história epidemiológica do paciente e exposições potenciais a vetores como mosquitos, roedores e cavalos na região rural da Bolívia complica a compreensão precisa da disseminação do RNV.
O impacto real do RNV como agente de doenças humanas na Bolívia e na América Latina permanece desconhecido. Dado que os sintomas iniciais são inespecíficos, a infecção por RNV pode ser subestimada ou diagnosticada de forma inadequada. Reforçar a vigilância e a capacidade diagnóstica para o RNV e outros vírus emergentes é essencial, exigindo uma abordagem mais ampla que inclua além da dengue e outras causas comuns de febres agudas.
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