A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou em conferência de imprensa que o acordo incluirá o desenvolvimento de inovações em vacinas e medicamentos. |
A controvérsia em torno da eficiência da vacina cubana contra meningite B
A vacina contra meningite B de Cuba, apontada em ensaios oficiais da OMS como ineficaz para crianças de menos de 4 anos (entre as quais a doença é mais prevalente e grave), continua registrada e vem sendo adquirida por alguns Estados e municípios.(Isaias Raw em artigo de 1998)
O programa mais médicos e o fortalecimento do regime cubano
Ainda em 2014, escrevi outro artigo que abordou a posição do Brasil como o mais proeminente promotor da pseudociência médica cubana. Naquela época, o programa Mais Médicos não apenas serviu de apoio financeiro à ditadura cubana, mas também catapultou o governo brasileiro ao estrelato como um propagandista midiático do suposto progresso de um sistema de saúde que só existia no papel. Foi um trunfo para o Partido dos Trabalhadores, que viu nisso uma oportunidade para impulsionar a reeleição de Dilma em 2014. Além disso, foi uma vitória para o então Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que usou essa utopia como seu estandarte de gestão. E, por incrível que pareça, também beneficiou o regime ditatorial cubano, que obteve propaganda gratuita com alcance global, enchendo ainda mais os cofres da elite castrista.
Por meio de substanciais investimentos em publicidade e com o apoio de influenciadores digitais e robôs, a mídia jornalística semeou incansavelmente mensagens sobre os mais variados aspectos do programa Mais Médicos. Desde a comparação entre os profissionais de saúde cubanos e seus colegas brasileiros, passando de insinuações sutis à realidade percebida por eles, até a promoção de uma medicina que carece de embasamento em evidências científicas, sendo, em vez disso, orientada pelos interesses do governo.
Essas mensagens tinham uma característica fundamentalista, reforçando incessantemente a ideia de que os médicos cubanos olhavam nos olhos de seus pacientes, tocavam-nos com compaixão e amor, tudo em nome da revolução que carregavam consigo. Ao mesmo tempo, insinuavam que no Brasil havia uma carência de solidariedade e empatia para com o próximo. Com esse discurso repetitivo, alguns brasileiros e cubanos se tornaram fervorosos promotores do socialismo bolivariano, almejando incutir na consciência coletiva a ideia de que apenas os sentimentos altruístas e a prática médica correta pertenciam ao campo da medicina comunista.
A demonização dos médicos brasileiros infelizmente começou por aqueles que deveriam dar o exemplo no país. Isso incluiu até mesmo políticos proeminentes, como Lula e Dilma, que acusaram os médicos brasileiros de negligência e apontaram para a necessidade de médicos cubanos que pudessem "apalpar" os pacientes brasileiros.
Houve até mesmo a criação de novos mitos em terras estrangeiras, como o caso de Delgado, que subitamente se tornou uma figura de destaque em 2013, ocupando as manchetes dos portais de notícias brasileiros e cubanos. Nas planícies da ilha prisão, esse médico foi celebrado em versos e prosa como o modelo ideal da medicina comunista dos Castro.
Quando os médicos cubanos repetem o mantra de que "o dinheiro não é tudo na vida de uma pessoa", estão tentando justificar o projeto de escravidão a que foram submetidos por mais de meio século. É importante ressaltar que o salário mensal de um médico em Cuba não chega a 20 dólares, enquanto os cubanos em missões oficiais, com salários significativamente maiores, ocupam um degrau superior na pirâmide escravagista estabelecida por Fidel e Raúl Castro. Em uma sociedade em que até mesmo os catadores de latas são considerados uma profissão emergente, trabalhar nos cantos mais remotos do Brasil, nas selvas bolivianas e nas favelas de Caracas é considerado um privilégio.
De acordo com os princípios do Código de Ética Médica Cubano, elaborado pelo Partido Comunista de Cuba, "no socialismo, o indivíduo deve estar subordinado ao interesse social, e a sociedade deve servir à humanidade. A prática privada da medicina gera um conflito filosófico com o sistema socialista e, na prática e nos métodos, com a medicina socialista." Isso explica a passividade, o conformismo retórico e até mesmo as falácias retumbantes que ocasionalmente emanam desses médicos modernos do século XXI, formados na escola de medicina criada por Fidel, que seguem o código de ética comunista como um dogma.(Confira o artigo AQUI)
As ligações surpreendentes entre a CSMC e a família castro
No mesmo ano, em outra ocasião, redigi um artigo que expunha as relações entre empresas estatais cubanas e a família do líder Raúl Castro. Na ocasião, a ONU anunciou que Cuba receberia uma quantia substancial de cerca de 151,7 milhões de dólares nos próximos cinco anos.
Essa quantia estava destinada a ser gerenciada por diversas instituições estatais cubanas, muitas das quais mantinham ligações diretas com a família de Raúl Castro. Entre as organizações favorecidas, destacam-se o Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex), dirigido por Mariela Castro, filha de Raúl; a Federação das Mulheres Cubanas (FMC), que foi presidida pela falecida esposa de Raúl e, atualmente, é liderada por sua filha, Debora Castro.
Além disso, o Instituto Nacional de Esportes, Educação Física e Recreação (Inder), onde o filho de Fidel, Antonio Castro Soto del Valle, desempenha um papel influente, e a BIOCUBAFARMA, cujo presidente é José Antonio Fraga Castro, sobrinho do presidente cubano, também foram beneficiados por essa alocação de recursos.
Também foi assinado em Cuba ,com a visita de Padilha em 2014, um Termo de Compromisso para a criação de uma empresa mista entre a BioCubaFarma e a Odebrecht para constituição de planta produtiva de biofármacos na Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel (ZEDM).
O Ministério da Saúde Pública, que administra centros de saúde, incluindo a Clínica 43 e a Clínica Conselho de Estado, ambos equipados com as mais recentes tecnologias e supervisionados pela esposa de Fidel Castro, Dalia Soto, também figura entre as organizações contempladas.
A título de exemplo, a CENESEX, sob a direção de Mariela Castro, e um conjunto de instituições governamentais, receberiam investimentos que somam impressionantes 38,36 milhões de dólares do montante total concedido pela ONU à ilha.
O documento da ONU, com suas 56 páginas, detalha os programas, as fases de implementação, a alocação de recursos, as áreas específicas de desenvolvimento e as entidades responsáveis pela gestão desses recursos.
Foi destacado também o papel da Comercializadora de Servicios Médicos Cubanos, S.A. (SMC), uma empresa estatal vinculada ao Ministério da Saúde de Cuba, que é supervisionada por Dalia Soto, esposa de Fidel Castro. O diretor médico dessa entidade é o Dr. Ismael Castillo.
A saída da médica cubana Ramona Matos do programa Mais Médicos, quando ela revelou o contrato estabelecido com uma empresa de Cuba, suscitou a pergunta feita pelo Deputado Ronaldo Caiado no Twitter: "Quem está por trás da Comercializadora de Servicios Médicos Cubanos S.A.?"
SMC |
O papel da comercializadora de serviços médicos cubanos: engordar os cofres dos Castro
A página da Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos, S.A. (CSMC), afirma que é uma empresa estatal criada pelo governo cubano "para fomentar relações de cooperação na esfera da saúde entre Cuba e o mundo". O dinheiro destinado pelo Brasil por meio do programa Mais Médicos, portanto, acaba indo diretamente para os cofres da elite castrista, alimentando ainda mais o regime ditatorial.
É relevante mencionar a existência de um documentário intitulado "As torturas de Castro", que apresenta testemunhos de violações dos direitos humanos cometidas pelo governo de Fidel Castro desde 1959. Encoraja-se os leitores deste blog a assistirem ao vídeo de 58 minutos para conhecerem a verdadeira face da "Democracia Cubana" e também a lerem o artigo intitulado "Mistério Cubano: A medicina por trás de Codinomes".
Governo Brasileiro Anuncia Acordo de Colaboração em Ciência e Tecnologia com Cuba
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