Prisão do médico de Putin revela mistérios sobre vacinas e soros russos

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O principal médico de Putin, Viktor Trukhin, foi preso pelo FSB (Serviço Federal de Segurança) após ser pego tentando fugir da Rússia. Trukhin, de 59 anos, é advogado de formação e acredita-se que ele conheça os segredos médicos de Vladimir Putin. Ele desapareceu há seis dias depois de ser demitido de seu cargo sênior em um importante instituto estatal, em meio a alegações de fraude.

Trukhin foi preso pelo FSB depois de tentar escapar para o exterior através da Bielorrússia, de acordo com o canal Telegram Cheka-OGPU. Ele foi diretor do Instituto de Pesquisa de Vacinas e Soros de São Petersburgo por 11 anos antes de desaparecer e ser demitido simultaneamente de seu cargo pela Agência Federal Médica Biológica (FMBA).

O instituto liderado por Trukhin faz parte da FMBA, um órgão estatal russo responsável por garantir a segurança radiológica, química e biológica do país, além de liderar a proteção da saúde. A FMBA afirmou que as agências policiais russas receberam um dossiê alegando o envolvimento de Trukhin em fraude após uma verificação de alegações de corrupção.

Um processo criminal foi aberto contra Trukhin quando ficou claro que ele pretendia deixar a Rússia e poderia revelar informações interessantes sobre as vacinas e soros russos. Segundo relatos, ele possuía um passaporte da Nicarágua. O caso aberto contra ele está relacionado a um suposto pagamento de £4,75 milhões a um instituto de biotecnologia sul-americano.

Trukhin está detido em um centro de detenção provisória sob uma acusação menor de desvio de cerca de £5.000. Seu instituto está na vanguarda dos medicamentos para combater o coronavírus, a hepatite e as doenças sexualmente transmissíveis, além de desempenhar um papel importante na exportação de vacinas russas. O instituto também possui outros contratos misteriosos.

O maior cliente individual do instituto era uma empresa de propriedade de Sergei Chemezov, um amigo próximo de Putin e antigo colega do KGB, que é o chefe bilionário da ROSTEC, um conglomerado estatal de defesa de alta tecnologia.

A filha de Trukhin o viu pela última vez em Moscou no dia 3 de setembro. Ele escreveu uma carta de despedida ao pessoal de seu instituto, anunciando sua saída e afirmando que a decisão não foi dele. Seus aplicativos WhatsApp e Telegram foram abertos brevemente em 5 de setembro, mas ele não manteve contato. A situação de Trukhin continua sendo um mistério, e mais informações podem surgir à medida que a investigação avança.

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