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Peru isenta de responsabilidade criminal o uso letal da força em legítima defesa

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Mudanças no Código Penal do Peru: Legítima Defesa e Proteção dos Direitos


No cenário político peruano, a presidente Dina Boluarte, membro de um partido de extrema esquerda, assumiu o cargo como vice-presidente ao lado do comunista Pedro Castillo. No entanto, surpreendentemente, a presidente Boluarte cercou-se de líderes de direita e estabeleceu uma estreita aliança com a maioria conservadora no Parlamento. Isso resultou em uma mudança notável na orientação do governo peruano, que se afastou da esquerda e adotou uma abordagem de direita no ano passado.

Neste contexto político em constante evolução, o Congresso peruano aprovou recentemente um projeto de lei que traz modificações significativas ao Código Penal e ao Código de Processo Penal. Este projeto visa isentar de responsabilidade criminal aqueles que utilizam a força, inclusive a força letal, em situações de legítima defesa. A autora desta proposta é a deputada Patricia Chirinos, uma representante do partido direitista Avanza País.

A Mudança no Artigo 20º do Código Penal


A alteração mais substancial trazida por este projeto de lei está relacionada ao artigo 20º do Código Penal peruano, que trata da Imputabilidade. Anteriormente, este artigo dispunha que "aqueles que agem em defesa dos seus próprios direitos legais ou de terceiros, com o uso da força, incluindo o uso da força letal", estavam isentos de responsabilidade. No entanto, a nova norma incorpora um literal que se refere a situações de "perigo iminente e necessidade de proteção da vida ou integridade própria ou de terceiros".

Além disso, a lei estabelece de forma inequívoca que "a prisão preventiva não é cabível nos casos de aplicação iminente de legítima defesa ou legítima defesa de terceiro nos termos da lei". Isso significa que, a menos que existam antecedentes ou provas fidedignas que justifiquem a existência do crime ou que recaiam sobre o condenado em condenação definitiva, a prisão preventiva não será aplicada.

O Direito Fundamental à Legítima Defesa


A introdução dessas mudanças no Código Penal peruano levanta questões importantes sobre o direito fundamental à legítima defesa. A presidente Dina Boluarte, ao apoiar essa legislação, enfatizou a importância desse direito para a proteção dos cidadãos peruanos e suas famílias.

Ela afirmou que "a legítima defesa é um direito que nos dá a possibilidade de proteger a nós mesmos e à nossa família". Essa declaração reflete a preocupação do governo em garantir que os cidadãos tenham meios legais para se protegerem em situações de perigo iminente.

O Contexto da Insegurança Cidadã


Após a aprovação deste projeto de lei, a deputada Patricia Chirinos manifestou sua preocupação com a crescente insegurança cidadã, o aumento da delinquência e a presença do crime organizado no Peru. Ela argumentou que esses problemas têm aumentado incontrolavelmente, colocando em risco a vida e a integridade de todos os peruanos.

Essa visão é compartilhada por muitos defensores da nova legislação, que veem a isenção de responsabilidade criminal em casos de legítima defesa como uma medida necessária para enfrentar essas ameaças à segurança pública.

A Importância da Proteção dos Direitos em Situações de Perigo


A proteção dos direitos individuais e coletivos em situações de perigo é uma prioridade fundamental para qualquer sociedade. A legislação recentemente aprovada no Peru busca equilibrar a necessidade de garantir a segurança dos cidadãos com a proteção dos direitos humanos.

A inclusão de um literal que aborda situações de perigo iminente e a necessidade de proteção da vida ou integridade própria ou de terceiros demonstra um esforço para definir claramente as circunstâncias em que a legítima defesa é aplicável.

Conclusão

Em um cenário político em constante transformação, o Peru viu uma mudança significativa na orientação de seu governo, com a presidente Dina Boluarte adotando uma abordagem de direita, apesar de suas raízes na esquerda. A aprovação do projeto de lei que isenta de responsabilidade criminal aqueles que utilizam a força em situações de legítima defesa reflete a preocupação com a crescente insegurança cidadã e a necessidade de proteger os direitos dos cidadãos em situações de perigo iminente.

Essas mudanças no Código Penal peruano têm gerado debates intensos e levantado questões fundamentais sobre o direito à legítima defesa e a proteção dos direitos humanos. À medida que a sociedade peruana enfrenta desafios complexos relacionados à segurança pública, é essencial buscar um equilíbrio entre a necessidade de proteger os cidadãos e a garantia dos direitos individuais.

A nova legislação representa um passo importante nessa direção e será acompanhada de perto para avaliar seus impactos na sociedade peruana.
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