Direitos Humanos em Cuba: a contestada candidatura na ONU |
Violações dos Direitos Humanos em cuba está no cerne do governo comunista
Cerca de vinte organizações de oposição cubanas e trinta dissidentes individuais, a maioria dos quais reside no estrangeiro, uniram suas vozes em uma declaração veementemente contrária à recém-anunciada candidatura de Cuba para um novo mandato no Conselho de Direitos Humanos da ONU, referente ao período de 2024-2026. O documento, divulgado nesta quinta-feira, enfatiza que o governo cubano "falhou em cumprir suas obrigações no que diz respeito aos direitos humanos, conforme destacado em diversos relatórios apresentados este ano no contexto da Revisão Periódica Universal da República de Cuba". Os signatários alegam que esse "descumprimento" resultou em "um drástico retrocesso" no efetivo exercício dos direitos humanos na ilha.
A carta ostenta as assinaturas de organizações notáveis, como a plataforma de oposição D'Frente, o Conselho para a Transição Democrática em Cuba, Cuba Próxima e o Instituto de Artivismo Hannah Arendt (INSTAR), entre outras. Adicionalmente, conta com as assinaturas da renomada artista plástica Tania Bruguera, bem como das ativistas Carolina Barrero e Elena Larrinaga. O grupo salienta que a Constituição cubana, aprovada em 2019, mantém o sistema de partido único e proíbe eleições livres, além de sublinhar que Cuba não ratificou os pactos internacionais relativos aos direitos civis e políticos, bem como aos direitos econômicos, sociais e culturais, e seus protocolos opcionais. "Esta lacuna impede a vinculação das decisões e declarações dos órgãos do tratado, bem como daqueles decorrentes das visitas de especialistas independentes que visam avaliar a realidade do país no tocante aos direitos humanos", acrescenta o comunicado, que foi divulgado pela iniciativa argentina Demo Amlat.
Além disso, como outro fundamento para sua objeção, mencionam o aumento da repressão que se seguiu aos protestos antigovernamentais ocorridos em julho de 2021 na ilha, os quais representaram os maiores em décadas, culminando na detenção de mais de mil pessoas e no julgamento e condenação de setecentas delas. Eles destacam que as pessoas detidas por motivos políticos foram julgadas e condenadas sem o devido processo, devido à falta de independência do sistema judicial.
Ao anunciar sua candidatura, o governo cubano asseverou seu compromisso com a defesa dos princípios da universalidade, indivisibilidade, objetividade, não politização e não seletividade dos direitos humanos, além de promover "o fortalecimento da cooperação internacional". Em 1º de setembro, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba anunciou oficialmente sua intenção de buscar a reeleição em 10 de outubro, iniciando, simultaneamente, uma campanha online para promover sua candidatura e exortar ao voto. Por outro lado, diversos grupos independentes, organizações não governamentais, como Human Rights Watch e a Anistia Internacional, e alguns Estados, têm criticado repetidamente o governo cubano, acusando-o de flagrantes violações dos direitos humanos. Eles denunciaram "detenções arbitrárias", "julgamentos sem garantias mínimas" e prisões e condenações "por exercer o direito à liberdade de expressão". Além disso, instaram à libertação dos indivíduos condenados por motivos políticos, cujo número, segundo organizações não governamentais como a Prisoners Defenders, ultrapassa a marca de mil pessoas.
AR News
Continue a leitura do texto após o anúncio:
Confira>> Últimas Notícias 🌎
Siga-nos |
📙 GLOSSÁRIO:
🖥️ FONTES :
Com Agências :
NOTA:
O AR NEWS publica artigos de várias fontes externas que expressam uma ampla gama de pontos de vista. As posições tomadas nestes artigos não são necessariamente as do AR NEWS NOTÍCIAS.
🔴Reportar uma correção ou erro de digitação e tradução :Contato ✉️
Continue a leitura no site após o anúncio: