O crash das previsões: como o ONS pôs em xeque a leitura do contexto econômico no Reino Unido
A economia real contra a econometria: a derrocada de um paradigma guiado por variáveis transitórias
Os dados liberados em 02 de setembro peloo Instituto Nacional de Estatística ( Office for National Statistics - ONS) britânico representaram verdadeira convulsão na interpretação dos indicadores macroeconômicos locais desde a eclosão pandêmica.
Ao invés do que se conjecturava, o PIB do Reino Unido já superara os patamares pré-Covid no fim de 2021, e não continuava abaixo como seja suposto. Em contraste com a visão de retardamento, a nação se equipara na retomada ao bloco do G7.
As revisões trouxeram altas surpreendentes para setores de serviços, em detrimento de atividades primárias e industriais, cujos números desabaram. Isso abala prognósticos de especialistas, que terão de rever modelos.
Será preciso refletir sobre a dinâmica empírica da economia real, que foge a mensurações imediatistas. E sobre a fragilidade de teorias quando os dados mudam tão radicalmente.
Seja como for, não se pode desconsiderar desafios à frente, como déficits de mão-de-obra. A lição é que a realidade se sobrepuja a interpretações precipitadas, requerendo humildade na hora de explanar sobre matéria tão complexa.
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