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Alagoas tem cinco municípios com alta mortalidade de crianças e adolescentes por covid-19 , diz estudo na The Lancet

Alagoas tem cinco municípios com alta mortalidade de crianças e adolescentes por covid-19 , diz estudo na The Lancet
Ilustração: óbitos em crianças e adolescentes por covid
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AR NEWS NOTÍCIAS   Brasil, Maceió 28 de julho de 2022




Alagoas tem cinco municípios que apresentaram alta mortalidade de crianças e adolescentes por covid-19 
Paulo Jacinto , Porto de Pedras , Quebrangulo , Santana do Mundaú e São Miguel dos Milagres com alta mortalidade 
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Uma a cada duas cidades com alta mortalidade por covid-19 em crianças e adolescentes está no NE

Metade dos 40 municípios brasileiros com as maiores taxas de mortalidade por covid-19 entre crianças e adolescentes está na região Nordeste. É o que aponta um estudo epidemiológico sobre os casos e óbitos provocados pela doença na população pediátrica. Os resultados do trabalho foram publicados recentemente na revista The Lance Regional Health - Americas, uma das mais renomadas do mundo na área da saúde.

A pesquisa analisou a incidência e a mortalidade pela infecção entre pessoas de 0 a 19 anos de idade, no período entre março de 2020 e outubro de 2021. Dez pesquisadores de duas universidades brasileiras e uma britânica que assinam a publicação chamam a atenção para a escassez de dados sobre a distribuição geográfica dos casos e os fatores de risco de morte por covid-19 em crianças e adolescentes.

No período analisado, o Brasil registrou 33.991 casos e 2.424 mortes na população pediátrica. Esses números foram associados na análise a indicadores socioeconômicos e à disponibilidade de recursos de assistência à saúde, como o número de leitos hospitalares pediátricos e de ambulatórios, cobertura médica e de enfermagem por município, taxas de desemprego, percentual de analfabetismo, serviços de coleta de esgoto ou lixo, e percentual de domicílios com renda per capita abaixo da metade do salário mínimo.

“Os principais grupos de risco de mortalidade foram identificados nos municípios do Norte e do Nordeste, que são as regiões com os piores indicadores socioeconômicos e as maiores disparidades de saúde do país,” ressalta o lider da publicação e professor do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Sergipe (DMEL-UFS), Victor Santana Santos.

Segundo o pesquisador, embora a população de 0 a 19 anos represente apenas 1,9% dos casos confirmados e 0,5% das mortes registradas pelo novo coronavírus no Brasil, a faixa etária atinge 23,6 mortes por milhão de crianças no país, tendo uma das taxas de mortalidade mais elevadas no mundo.

Casos na população pediátrica

A análise revela a alta incidência do novo coronavírus em crianças e adolescentes em 86 municipios brasileiros. Entre os estados com o maior número de cidades com as maiores taxas de casos do país, Sergipe lidera o levantamento com 22 localidades em alto risco. Em seguida, Rio Grande do Sul com 15, e Mato Grosso, 14. O índice é calculado a partir dos casos para cada 100 mil pessoas com idade entre 0 e 19 anos.

Mortes de crianças e adolescentes

A taxa de mortalidade pelo novo coronavírus para cada 100 mil habitantes nessa faixa etária da população foi considerada alta em 40 cidades do país no período analisado. Foram 20 municípios localizados no Nordeste, 8 no Sul, 6 no Norte e 6 no Sudeste.

“Descrever as áreas geográficas com maior risco de mortalidade por covid-19 em crianças e adolescentes busca auxiliar os gestores de políticas públicas na alocação de recursos para mitigar a contaminação nesse público, como também expandir a rede de saúde para as áreas com maior necessidade da população,” pondera o professor.
+ 40 municípios com alta mortalidade (0-19 anos)*
+ 40 municípios com alta mortalidade (0-19 anos)*


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Sergipe também aparece em primeiro lugar entre os estados com o maior número de localidades com os maiores índices de mortalidade. Foram observados 8 municípios do estado com alto risco de morte na população pediátrica. Na sequência, Alagoas (5), Santa Catarina (5), Minas Gerais (4), Rio Grande do Sul (3), Roraima (3), Bahia (2), Pernambuco (2), Piauí (2), São Paulo (2), Pará (1) e Ceará (1).


Mortalidade por faixa etária

Por estrato de idade, 19 municípios brasileiros apresentaram altas taxas de mortalidade entre crianças de 0-4 anos. Na população de 5-9 anos, apenas três cidades do país tiveram índices elevados. As três situadas em Sergipe. Foram identificadas ainda três localidades com altas taxas para crianças de 10-14 anos, e 7 municípios nessa condição para a faixa etária de 15-19 anos.

Distribuição espacial de A) casos e B) óbitos por covid-19 na população pediátrica. Foto: Reprodução/The Lancet
Distribuição espacial de A) casos e B) óbitos por covid-19 na população pediátrica. Foto: Reprodução/The Lancet

“Nossas constatações reforçam a necessidade da imunização de crianças menores de 4 anos de idade, uma vez que a segurança das vacinas para esta população foi comprovada. É necessário um monitoramento contínuo dos casos e mortes de crianças com covid-19, mesmo após a adoção da vacina para identificar mudanças potenciais na dinâmica da pandemia,” complementa o epidemiologista.

População obstétrica

Este é o segundo estudo epidemiologico de base populacional publicado pelos pesquisadores na The Lancet. Em setembro do ano passado, eles apontaram que 50 dos 5.570 municípios brasileiros apresentavam alto risco de contaminação por covid-19 para gestantes e puérperas, entre março de 2020 e junho de 2021.

No período analisado, a Paraíba (13) tinha o maior número de cidades nessa condição. Em seguida, estavam os estados do Ceará (7), Amazonas (7), São Paulo (7), Rio Grande do Sul (6), Minas Gerais (4), Paraná (3), Mato Grosso (2) e Santa Catarina (1).

Autores da publicação

Além de Victor Santana Santos, a publicação é assinada pelos pesquisadores Paulo Ricardo Saquete Martins Filho, Ricardo Queiroz Gurgel, Thayane Santos Siqueira, Sarah Cristina Fontes Vieira, Aline de Siqueira Alves Lopes, do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da UFS; José Rodrigo Santos Silva, do Departamento de Estatística e Ciências Atuariais da UFS.

A pesquisa ainda tem a autoria dos pesquisadores Maria Augusta Ricardo da Rocha Santos, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas (UFAL); e Ana Cubas Atienza e Luis Eduardo Cuevas, do Departamento de Ciências Clínicas da Escola de Medicina Tropical da Universidade de Liverpool.

The Lancet Regional Health – Americas é uma das revistas médicas do conjunto de periódicos de iniciativa global da The Lancet para defender a qualidade e o acesso aos cuidados de saúde em todas as regiões do mundo.



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🖥️ FONTES : 
Josafá Neto - Rádio UFS
comunica@academico.ufs.br
Com Agências
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