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Fiocruz alerta para aumento de casos semanais de SRAG em crianças

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Ilustração : criança com máscara
Ilustração : criança com máscara

Alagoas está com sinal de crescimento na tendência de longo ou curto prazo


O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na sexta-feira (24/3), alerta para o aumento de cerca de 77% na média móvel de novos de casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de 0 a 4 anos, independentemente do tipo vírus associado, ao longo de fevereiro e março. Desde a primeira semana de fevereiro até a Semana Epidemiológica de 13 a 19 de março, o número de casos passou de aproximadamente 970 para cerca de 1.870 por semana. Entre as crianças de 5 a 11 anos, o aumento na média móvel no mesmo período foi de 216%, saindo de cerca de 160 casos semanais para uma média estimada em 506 casos semanais. A análise mostra ainda a interrupção de queda nos casos associados ao Sars-CoV-2 (Covid-19) na faixa de 5 a 11 anos. 

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,3% Influenza A, 0,3% Influenza B, 15,8% vírus sincicial respiratório, e 73,8% Sars-CoV-2 (Covid- 19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,7% Influenza A, 0,0% Influenza B, 0,1% vírus sincicial respiratório (VSR), e 98,5% Sars-CoV-2 (Covid-19). 

Os dados laboratoriais preliminares sugerem aumento nos casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) na faixa etária de 0 a 4 anos. O VRS, que pertence ao gênero pneumovírus, é um dos principais agentes de infecção aguda nas vias respiratórias em crianças pequenas, que pode afetar os brônquios e os pulmões. É responsável pela bronquiolite aguda e pneumonia. 

A curva nacional dos casos de SRAG mantém sinal de queda nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas), acompanhando a queda nos casos associados à Covid-19. No entanto, apresenta indícios de possível início de estabilização em patamar que já é inferior ao de começo de novembro de 2021 - quando havia sido registrado o menor número de novos casos semanais desde o início de epidemia de Covid-19 no Brasil. 

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, explica que os registros de Sars-CoV-2 mantém predomínio entre os casos com resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios em todas as faixas etárias analisadas, exceto nas crianças de 0-4 anos de idade. Gomes ressalta que, apesar da manutenção do cenário de queda na população em geral, a incidência de SRAG em crianças de 0 a 11 anos apresenta ascensão significativa em diversos estados ao longo do mês de fevereiro, estando associada tanto a casos de VSR nos mais pequenos [0 a 4 anos], quanto também a casos de Covid-19 no grupo de 5 a 11 anos. 

SRAG nos estados e nas capitais

Os novos dados mostram que quatro das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Distrito Federal, Espírito Santo, Roraima e Sergipe, e outras 6 delas apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo: Acre, Alagoas, Goiás, Maranhão, Paraíba e Rio de Janeiro. Em todas essas localidades os dados por faixa etária sugerem tratar-se de cenário restrito à população infantil. 

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      Também entre as capitais, quatro das 27 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Florianópolis (SC) e Fortaleza (CE). Outras duas apontam crescimento somente na tendência de curto prazo: João Pessoa (PB) e Rio de Janeiro (RJ). Destas, os dados de Boa Vista sugerem tratar-se apenas de oscilação, enquanto nas demais observa-se aumento significativo concentrado fundamentalmente nas crianças e adolescentes.
Macrorregiões

Do total de 20 macrorregiões de saúde em nível pré-epidêmico, 18 estão em nível epidêmico, 73 em nível alto e   sete em nível muito alto. Nenhuma macrorregião de saúde encontra-se em nível extremamente alto.

Apenas 9 macrorregiões de saúde apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Em 14 dos 27 estados observa-se ao menos uma macrorregião de saúde com sinal de crescimento na tendência de longo ou curto prazo: Acre, Roraima e Tocantins no Norte; Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba e Sergipe no Nordeste; Espírito Santo e São Paulo no Sudeste; Distrito Federal e Mato Grosso no Centro-oeste; e Santa Catarina no Sul.


Resumo do Boletim InfoGripe
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