O primeiro sinal que problemas estavam existindo , foram os macacos caindo mortos na floresta. E então nesse mesmo período pessoas começaram a ficar doentes e algumas morreram.
Os macacos Bugios brasileiros são conhecidos por transportar o vírus da febre amarela - e podem morrer da doença |
O Brasil está no meio de seu pior surto de febre amarela desde a década de 1940, quando o país começou a vacinação em massa e campanhas de erradicação para eliminar os mosquitos com finalidade de conter o vírus.
Os Bugios são vítimas e hospedeiros da Febre Amarela
Os primeiros casos deste surto atual foram detectados em dezembro entre homens que vivem em áreas rurais do estado brasileiro de Minas Gerais,em uma região agrícola ao norte de São Paulo e Rio de Janeiro. A partir da primeira semana de fevereiro, o Ministério da Saúde do Brasil registrou mais de mil casos humanos suspeitos de febre amarela e centenas de casos mais prováveis em macacos desde dezembro.
Geralmente há apenas um punhado ou no máximo algumas dezenas de casos de febre amarela por ano no Brasil, e eles são encontrados mais na Amazônia,mas não a centenas de quilômetros ao sul em Minas Gerais.
A maioria desses são silvestres ou da "selva" casos em que uma pessoa que está trabalhando ou visitando uma floresta é picado por um mosquito infectado, diz Anna Durbin, professora de saúde internacional na Bloomberg School of Public Health no Johns Hopkins. Surtos humanos tendem a seguir surtos maiores entre os primatas na selva.
"Um dos provérbios é que 'quando o macaco-uivador( Bugio) fica em silêncio, todo mundo começa a se preocupar', porque sabem que a febre amarela está na área", diz Anna Durbin . Neste surto mais de mil macacos foram encontrados mortos. Autoridades de saúde estão analisando os cadáveres para confirmar se os animais realmente morreram de febre amarela. OBS: Atualização do Blog AR NEWS : Desde o início do surto até 12 de abril, o total de 2.949 epizootias foram relatadas em primatas não-humanos (NHP), dos quais 473 foram confirmadas para a febre amarela, 1041 permanecem sob investigação e 82 foram descartadas - Fonte Boletim de 17 de abril de 2017 - OPAS )
Durbin diz que isto é um surto significativo.
"O que estamos começando a ver agora é um número maior de casos", diz ela. "E a preocupação é que o surto poderia se espalhar para uma cidade levando a febre amarela urbana , algo que não acontece há 50 anos na América do Sul ".
Em um surto urbano, os mosquitos Aedes aegypti espalha de pessoa para pessoa.Uma variedade diferente de mosquitos faz circular o vírus em surtos na selva.
Programas de controle de mosquitos quase aniquilaram o Aedes aegypti nas Américas na segunda metade do século 20, mas esse mosquito tem desde então encenado um retorno.
Esse é o mesmo mosquito que alimentou o surto de febre amarela em Angola no ano passado e permitiu que a Zika infectasse milhões em todo o continente americano em 2015 e 2016. (A OMS anunciou esta semana que o surto de Angola está oficialmente terminado).
Funcionários de saúde pública dizem que há o potencial para a febre amarela se espalhar como um incêndio se tiver no local mosquitos Aedes aegypti e onde as taxas de vacinação sejam baixas nessa região. Infelizmente, esse é o caso que ocorre em grande parte na região tropical nesse hemisfério
"O cenário de pesadelo para mim é San Juan, Porto Rico", diz Mariano Garcio-Blanco , um especialista em doenças infecciosas da cadeira de bioquímica e biologia molecular da Universidade de Texas Medical Branch, em Galveston. Dado que a febre amarela pode ser mortal, um surto em uma cidade lotada como San Juan,em Porto Rico ou São Paulo, Brasil, pode ser um desastre de saúde pública.
A maioria das vítimas tem apenas sintomas leves, como febre e calafrios, dores generalizadas e náuseas. Alguns não têm nenhum sintoma . Cerca de 15 por cento dos pacientes desenvolvem uma forma mais grave que pode levar a febre alta, sangramento, choque, falência de órgãos e morte. No atual surto, o Ministério da Saúde do Brasil está indexando a taxa de letalidade entre os casos confirmados em 36%. ( Atualizado pelo Blog AR NEWS, conforme relatório de 17 de abril de 2017 emitido pela OPAS - Por ordem decrescente, a taxa de mortalidade dos casos confirmados por estado é de 100% no Pará, 80% em São Paulo, MG 34%, 31% no ES e 20% no Rio de Janeiro. ) Entre as pessoas que desenvolvem sintomas graves, não há cura específica e até metade dos pacientes morrem.
No entanto, uma vacina altamente eficaz está disponível para prevenir a doença. A vacina é relativamente cara e pode causar efeitos colaterais adversos. Também houve uma escassez global da vacina recentemente, já que dezenas de milhões de doses foram enviadas no ano passado para Angola e para a República Democrática do Congo (incluindo o Brasil) para combater o surto na África. Mas mesmo antes disso, as taxas de vacinação contra a febre amarela nas Américas foram bastante baixas.
"A grande maioria da população de toda a América do Sul, América Central e Caribe não está vacinada contra a febre amarela", diz Garcio-Blanco.
Autoridades do Brasil lançaram campanhas de vacinação em massa nas áreas em torno das quais os casos foram detectados. Além disso, o governador de Minas Gerais declarou uma emergência de saúde pública. O governo brasileiro já enviou 10 milhões de doses de vacina para cinco estados do sul para tentar conter o surto e encomendou estoques adicionais para serem usados em outros pontos conforme necessário.
A Organização Mundial da Saúde está monitorando o surto do Brasil e oferece uma avaliação bastante pessimista da preparação da região. O site da OMS afirma: "A América Latina está agora em maior risco de epidemias urbanas [de febre amarela] do que em qualquer outro momento nos últimos 50 anos".
Editado eTraduzido
Blog AR NEWS
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História Fonte
Jason Beaubien
http://www.npr.org/sections/goatsandsoda/2017/02/17/515444290/brazils-expanding-yellow-fever-outbreak-started-with-monkeys
A expansão do surto de febre amarela no Brasil, começa com os macacos -
http://alagoasreal.blogspot.com/2017/04/expansao-surto-de-febre-amarela-no-brasil-comeca-com-os-macacos.html -
Mário Augusto - Rating:
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