A Greve em Alagoas, o código de ética médica e o posicionamento do CREMAL




Vai longe, muito longe o tempo em que o HDT era considerado uma "ilha de excelência" na rede pública estadual de saúde. Como esses governos descomprometidos com suas obrigações constitucionais são competente, quando o assunto é desmantelar o que funciona...



O "projeto que prevê a criação de um Plano de Cargos e Carreiras para a categoria, que, se aprovado, deve beneficiar os médicos alagoanos", citado por Fernando Pedrosa no parágrafo final da reportagem da Gazetaweb nada mais é que PCCV reivindicado há anos pelo Sinmed, e que foi exaustivamente negociado entre 2010 e 2012 com secretários e técnicos do governo.

A greve atual na rede estadual de saúde é justamente pela implantação do PCCV, já que todas as negociações em torno do projeto esgotaram e nada mais tinha para ser feito, a não ser que o governador enviasse - como havia se comprometido - mensagem com o projeto de lei para aprovação na Assembleia Legislativa. 

A greve começou, e persiste desde 11 de dezembro, porque o governador não honrou o compromisso e porque os médicos não aceitam mais trabalhar pelos salários (se é que se pode chamar assim) que recebem hoje. 

Infelizmente, a questão salarial não é tudo. Como o próprio presidente do Cremal disse na entrevista, a situação da rede pública de saúde é de total abandono. Não existem condições éticas de trabalho.

Por isso, os médicos continuam em luta. Esperando, inclusive, que o presidente do Cremal chame os médicos que estão furando o movimento para que se expliquem diante da entidade, já que fura movimento legítimo, justo e legal da categoria e ocupar lugar de grevistas são práticas que constituem infração ao Código de Ética Médica.


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