FALTA DE MÉDICOS NA REDE PÚBLICA DE ALAGOAS AGRAVA SITUAÇÃO NAS URGÊNCIAS



FALTA DE MÉDICOS AGRAVA 

SITUAÇÃO NAS URGÊNCIAS 

A falta de médicos na rede pública estadual torna a situação das unidades de atendimento cada vez mais caótica. O problema maior é nos serviços de urgência e emergência, que estão entrando em colapso. Nos ambulatórios 24 horas, é comum a falta de médicos para fechar as escalas. Nos finais de semana, alguns fecham por absoluta falta de médicos. 

A população fica revoltada, os médicos reclamam da sobrecarga de trabalho e o governo ignora, fazendo pouco caso da gravidade da situação. O último concurso público para médico aconteceu em 2003, mas o baixo salário e a falta de condições de trabalho fizeram muitos médicos desistirem do emprego. 

Recentemente, o governo voltou a contratar prestadores de serviços, pagando o dobro do que recebe um médico efetivo. Esse tipo de situação aumenta a insatisfação da categoria, que se sente desvalorizada e desrespeitada. Os médicos que prestam serviços e ganham melhor que os concursados trabalham em situação irregular, ficam mal vistos pelos colegas e, caso venham a precisar, não terão direito a nenhum tipo de benefício. 

Hospitais como o HGE e UE do Agreste precisam de médicos de várias especialidades. O Samu também está com quadro dificiente. Nos ambulatórios 24 horas, muitos turnos funcionam apenas com um médico clínico ou pediatra, quando deveriam ter pelo menos dois clínicos e um pediatra para atender à crescente demanda. 

Desde o início do atual governo, o Sinmed luta pela implantação do PCCV próprio da categoria médica para melhorar o salário e ter um mecanismo que permita reajustes periódicos da remuneração, com progressão salarial por tempo de serviço e também qualificação profissional. O Sinmed também reivindica concurso público. Mas antes de promover concurso público, o governo precisa implantar o PCCV para poder oferecer um salário digno ao médico. Do contrário, vai acontecer o mesmo que ocorreu com o concurso de 2003: desistência dos aprovados, por conta do salário baixo.

Coluna do Sinmed 

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