Breadcrumb

Em Alagoas, houve um aumento de 146,07% dos casos suspeitos da forma grave de Dengue

Situação Atual da Dengue em Alagoas. 
Quadro Síntese

Até o dia 10 de agosto de 2012, os 102 municípios alagoanos notificaram 24.858 casos suspeitos de dengue. Em relação ao mesmo período de 2011 (1ª à 31ª SE), ocorreu um aumento de 186,32% das notificações de dengue (Tabela-2). 

Verifica-se uma tendência crescente com início na SE nº 02, identificando picos da doença a partir da SE 11 e mantendo-se até a SE 28; 
Foram registrados 470 casos suspeitos das formas graves de dengue, representando um aumento de 146,07%, comparado ao ano de 2011, com 191 casos. (Quadro-1); 

Houve uma redução nos óbitos confirmados de 31,03% quando comparado ao mesmo período de 2011, mostrando que em 2012, temos 09 confirmados e em 2011, 13 confirmados; 
Foram analisadas 3.815 amostras de sangue provenientes de 68 municípios (Tabela-6). Destas foram reagentes/positivas, 1.273 (55%) amostras para detecção de anticorpos (Sorologia), 252 (20%) para detecção de antígeno (NS1) e 17 (7%) para detecção do tipo do vírus (Isolamento Viral) (Tabela-6). Observa-se uma transmissão intensa da doença, tornando necessária a ampliação de coletas oportunas, pois dos 102 municípios que notificaram casos da doença, 60 (59%) possuem confirmação laboratorial

O Aedes aegypti infesta 100% dos municípios alagoanos, onde circulam os sorotipos DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 (introduzidos respectivamente em 1986, 1991, 2002 e 2012); 
A Vigilância dos Vírus isolou, por meio do LACEN/AL, 17 amostras com resultados do sorotipo DENV- 4, distribuído nos municípios de Belém (01), Cacimbinhas (01), Maceió (05 sendo, 01 não identificada, 01 da Mangabeiras, 02 da Serraria e 01 do Ouro Preto), Maragogi (01), Marechal Deodoro (05), Palmeira dos Índios (01), Piaçabuçu (02) e São Miguel dos Campos (01), ficando caracterizada a circulação do vírus em Alagoas; 
Com a finalidade de monitorar a presença do vírus no estado, foram adotadas as medidas pertinentes a essa situação como: busca ativa de casos, acompanhamento dos níveis de infestação predial, intensificação do combate ao vetor, além de educação em saúde, comunicação e mobilização social; 

Verificando a incidência de casos nos municípios, Alagoas apresenta-se com a seguinte estratificação: 57 municípios em situação epidêmica, 23 em situação de alerta e 22 sob controle (Figura-1). Destacam-se os municípios de Belém, Maragogi, Murici, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Cacimbinhas, Rio Largo, Marechal Deodoro, Santana do Ipanema, Pilar, Coité do Nóia, Penedo, Dois Riachos, Olivença, Palestina, Paripueira e São Miguel dos Campos, por apresentarem incidências > 1.075 e < 3.713 casos por 100.000 hab.; 

Na Capital destacam-se os bairros de: Pajuçara, Bebedouro, Pontal da Barra, Farol, Mangabeiras, Mutange, Serraria, Tabuleiro do Martins, Pitanguinha, Ponta Verde, Centro, Ouro Preto, Chã da Jaqueira, Vergel do Lago, Ponta da Terra, Poço, Trapiche da Barra e Chã de Bebedouro, por apresentarem incidência >1.015 e <3.606 casos por 100.000 hab.; 

Com relação ao índice de infestação predial, Alagoas apresenta-se com a seguinte classificação de risco: 32 municípios em situação de risco de surto, 33 em situação de alerta e 37 em situação satisfatória (Figura-2). Evidenciam-se os mais altos índices de infestação predial (IIP), pelo vetor transmissor da dengue, variando entre os níveis > 6,19% e < 16,52%, nos municípios de: Major Isidoro, Taquarana, Estrela de Alagoas, Murici, Maribondo e Igreja Nova.

NOTA TÉCNICA SEMANAL Nº. 31/2012 10 DE AGOSTO DE 2012

Postar um comentário

0 Comentários
* Por favor, não faça spam aqui. Todos os comentários são revisados ​​pelo administrador.