O fechamento das maternidades Nossa Senhora da Guia e Paulo Neto agravou a já caótica situação da Casa Maternal Santa Mônica. Referência para atendimento de gestantes de alto risco, a maternidade da Uncisal está responsável por, praticamente, toda a demanda de partos na capital. A situação piora nos finais de semana, quando as casas de saúde credenciadas pelo SUS ficam sem médicos e fecham as portas.
A Santa Mônica não tem estrutura física e nem médicos – obstetras, anestesistas, pediatras e neonatologistas – em quantidade suficiente nem para atender à sua demanda normal. O aumento da procura por atendimento deixa os médicos estressados. Tanto é assim que eles procuraram o Conselho Regional de Medicina, preocupados com as questões éticas decorrentes do alto risco de falhas no atendimento à população, diante da situação em que a maternidade se encontra.
O Cremal convocou para amanhã (16) à noite uma reunião com médicos, representantes de entidades e gestores para discutir o problema das maternidades em Maceió. “O atendimento de urgência e emergência em obstetrícia entrou em colapso. A demanda não está sendo atendida”, alerta o presidente do Sinmed, Wellington Galvão.
Segundo ele, atualmente, mais de 100 mil usuários de planos de saúde em Alagoas estão sem cobertura de emergência obstétrica. Os planos de saúde são obrigados a oferecer essa cobertura, mas a maioria não tem convênio com os grandes hospitais da rede privada, que são os que oferecem esse serviço. Os outros hospitais não têm atendimento de urgência e emergência obstétrica. O resultado é que os pacientes desses planos de saúde terminam buscando assistência na Santa Mônica.
Coluna do Sinmed de Alagoas de 15 de julho de 2012
Coluna do Sinmed de Alagoas de 15 de julho de 2012