Entre dois mundos



Delfim Netto

Delfim Netto é economista, formado pela USP e professor de Economia, foi ministro de Estado e deputado federal.


O governo não deve desprezar a oportunidade de fazer mudanças importantes na política monetária e na questão do crédito neste momento em que há uma tendência de redução das taxas de juro e aumenta a competitividade no setor bancário. É fundamental estimular a competição entre os bancos, privados ou públicos, inclusive usando o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal para ajudar a baixar os juros.
Não há nada de errado em estimular o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica a participarem ativamente deste processo competitivo. O Banco do Brasil está hoje bastante preparado, teve sua área de operações ampliada graças à absorção dos 6 mil postos da rede postal e a CEF participa com as agências lotéricas da ampliação da oferta do pequeno crédito. Está na hora do BB, principalmente, apresentar a sua nova musculatura. E mostrar que serão úteis seus ganhos de dimensão para ajudar substancialmente a redução dos custos. É importante, nessa política, a garantia do governo de que esses bancos não vão usar dinheiro do Tesouro para a expansão dos financiamentos. Mais do que isso, não vão violar as normas de Basileia, porque continuarão sujeitos aos controles do Banco Central


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