Exame preliminar mostra que tripulante morta em cruzeiro tinha influenza B

O Hospital Ana Costa, em Santos, no litoral sul de São Paulo, divulgou na tarde de 19/fevereiro/2012 o resultado preliminar do exame da secreção respiratória realizado na paciente de 30 anos, morta na última sexta-feira, dia 17 fevereiro/2012.

F.S.P., que trabalhava como garçonete no navio MSC Armonia, foi internada na quarta-feira, 15 fevereiro/2012, com sintomas respiratórios agudos, como gripe, tosse e febre. Segundo o hospital, os exames apontaram que F. teve isolado o vírus influenza B, vírus de gripe de menor letalidade.

Em nota, o hospital garante que se trata de um vírus de menor impacto para causar pandemias e, portanto, "gostaríamos de salientar que a população deva sentir-se tranquila, pois o risco de contágio por este vírus fica circunscrito a um espaço físico restrito".

À exceção de F., cuja causa do óbito será elucidada em um exame necrológico ainda em elaboração, todos os demais pacientes atendidos tiveram uma evolução favorável, de acordo com a nota.

Os laudos definitivos e todas as demais medidas cabíveis serão conduzidas pelas autoridades sanitárias e pelo Ministério da Saúde, segundo a nota, que diz que o Hospital Ana Costa permanece à disposição "para atendimento de seus clientes e outros esclarecimentos que se façam necessários".


Comentário

Ainda que o Norovírus tenha ganho notoriedade com causa de surtos de gastroenterite em navios de cruzeiro, surtos de influenza também são comuns. Os cruzeiros de verão ao longo da costa oeste americana, indo ao Alaska, são palco frequente desses surtos.

No caso brasileiro, também no verão, foi influenza B, vírus não pandêmico mas igualmente grave e causa de surtos.

Talvez as agências de turismo devessem portar o aviso: “Ministério da Saúde adverte, cruzeiros de navio podem fazer mal à saúde”.

Afinal de contas, juntar mais de mil passageiros e centenas de tripulantes (de toda as partes do mundo) é uma oportunidade que vírus nenhum vais desprezar.

Bom momento para lembrar a oportunidade da vacinação rotineira, anual, contra a influenza.


Fazer exame admissional em passageiros antes do embarque seria impraticável (sem suporte legal até), mas, frente ao risco e potencial magnitude de surtos em navios de cruzeiro, por que não se discutir a possível exigência da comprovação, por parte de passageiros (e obviamente de tripulantes), de vacinação contra doenças com potencial de causar surtos em navios, como sarampo, rubéola, caxumba, influenza, meningococo?

Exigência polêmica, mas certamente tornaria as viagens de cruzeiros mais seguras para passageiros e tripulantes, minimizaria o risco de disseminação de doenças durante e após cruzeiros internacionais.

Havíamos mencionado no comentário anterior que influenza seria uma das hipóteses;  também apostava na influenza como hipótese mais provável. Na notícia inicial houve a informação de que os membros da tripulação foram vacinados, após a ocorrência do óbito, como medida de prevenção e controle de surto. Se realmente a hipótese de influenza for confirmada, fica uma dúvida: foram vacinados contra influenza? Deveriam ter recebido antiviral.
Fontes;UOl-Promedorg

Postar um comentário

0 Comentários
* Por favor, não faça spam aqui. Todos os comentários são revisados ​​pelo administrador.