ESTUDANTES CONTRA SERVIÇO CIVIL



ESTUDANTES CONTRA SERVIÇO CIVIL 



Os estudantes de Medicina de Alagoas – Ufal e Uncisal – são contra a proposta do Ministério da Saúde de instituir o Serviço Civil Voluntário para médicos recem-formados. A ideia do ministro Alexandre Padilha tem o objetivo de beneficiar municípios remotos das regiões Norte e Nordeste, criando incentivos para fixação de médicos em localidades carentes e de difícil acesso, por um prazo mínimo de dois anos. 

Pela proposta, que foi debatida na última Quarta Acadêmica, promovida na semana passada pelo Sinmed, os recém egressos dos cursos de Medicina receberiam uma bolsa de R$ 9 mil e ganhariam pontuação extra nas seleções para programas de residência, depois de cumprido o serviço civil voluntário. Além disso, também conquistariam um título de especialização em Saúde da Família e da Comunidade. 

Os acadêmicos da Ufal e da Uncisal se posicionaram contra o Serviço Civil Voluntário condenando, principalmente, a pontuação para os concursos de residência, alegando ser uma forma de transformar o serviço que seria voluntário em obrigatório, pois quem não participasse entraria em desvantagem na concorrência pelas vagas dos programas de residência médica. 

Para os estudantes, a melhor forma de atrair médicos, recém formados ou veteranos, para os municípios distantes e de difícil acesso é pagando um salário compatível e dotando essas localidades da estrutura necessária para a assistência à saúde da população e ao desempenho ético da medicina. 

O resultado do debate com os acadêmicos alagoanos será levado ao fórum das entidades médicas nacionais que promove discussões sobre a proposta para tirar um posicionamento conjunto da AMB, CFM e FENAM, além da Associação Nacional de Médicos Residentes, para levar ao Ministério da Saúde.
Sinmed

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