Denúncias contra Luiz Otávio Gomes começam a ser investigadas na segunda

O promotor de Justiça George Sarmento assume na segunda-feira o comando das investigações de supostas irregularidades envolvendo o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Planejamento, Luiz Otávio Gomes, que tramitam no Ministério Público Estadual (MPE), disse O Jornal, na edição deste sábado 

A denúncia foi protocolada pelo PSOL, no último dia 12. 

Na última quinta-feira, Cecília Carnaúba disse a O JORNAL que foi aberto prazo para que o partido envie outras documentações. Alexandre Fleming, presidente do Diretório Municipal do partido em Maceió e autor das denúncias, disse que na próxima semana agendará uma visita informal ao promotor George Sarmento. 

Luiz Otávio Gomes, é acusado de usar a própria empresa, a LOG Negócios & Consultoria, para conseguir benefícios fiscais no governo de Alagoas. 

Estes benefícios eram aprovados pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico, presidido por ele mesmo. 

De acordo com a carta de clientes da LOG, das 113 empresas que recebem - ou receberam - a consultoria do secretário, dez delas tiveram benefícios fiscais - redução do ICMS ou doação de terrenos ou pagamento de menos impostos, por alguns anos, todas através do conselho. Muitas delas eram empreiteiras. 

Uma delas é a Sococo, pertencente ao ex-senador e cunhado do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), João Tenório. A Sococo conseguiu a renovação de incentivos fiscais em abril. Ano passado, ela investiu R$ 750 mil na campanha à reeleição do governador tucano, que está operado em São Paulo. 

Outra empresa é a Fabrica de Pedra, pertencente ao usineiro Carlos Lyra, irmão do deputado federal João Lyra (PTB-AL). 

Depois de conseguir benefícios fiscais - fazendo parte da lista de clientes da LOG -, representantes da fábrica e o secretário se reuniram para discutir alternativas financeiras para o não fechamento da empresa existente há 97 anos. Luiz Otávio Gomes prometeu ajudar a fábrica. 

"Claro que as empresas estão publicadas no site da LOG, sou sócio-fundador dela. Mas, desde 2006 sou sócio cotista, me afastei da direção para me dedicar integralmente ao governo de Alagoas. Não piso na empresa desde 2006", disse Luiz Otávio Gomes, negando as acusações. 
"Sou técnico e não político. O que o PSOL quer é antecipar o período eleitoral de Alagoas. Esse Alexandre Fleming é candidato a Prefeitura de Maceió ano que vem e sabe que o PSDB tem quadros ótimos para concorrer na votação", disse. 

Gomes disse ainda que seria "muito burro" se estivesse fazendo aquilo de que está sendo acusado. 

"Do jeito que está sendo falando, mais de 40 pessoas teriam de ser cooptadas para esse tipo de ação. O Conselho se reuniu e com as acusações os integrantes ficaram revoltados. É uma mentira, uma calúnia. Vou processá-los", disse Luiz Otávio.

reporteralagoas.com.br

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