A omissão que perpetua as mortes em Alagoas


A sociedade que se intitula civilizada ainda permite que um governo megalomaníaco ostente todas as suas falácias a custa do sangue de inocentes.As mortes ocorridas nas diversas esferas do governo são frutos maléficos da omissão de poucos em detrimento de muitos.Não se vislumbra uma saída quando há pactos sombrios sob o manto da iniquidade e da desfaçatez que ocorre nas políticas públicas institucionais.A névoa da hecatombe sempre sorrateira vai se alastrando como um fog  Londrino (smog) infiltrando-se  em cada esquina de nossas vidas e corroendo a  família ,a qual é a célula mater da sociedade, sempre no intuito de fomentar a cultura da  miséria , fruto maior da perpetuação do poder capitaneado pelas oligarquias de engenho da nossa terra. A grande verdade é que cada rincão possui o seu Jack Estripador,  com suas particularidades e propósitos, e em Alagoas ,não poderia ser diferente !

Recentemente foi divulgado por alguns portais de notícias em Alagoas, mesmo que de forma discreta e sem demonstrar nenhum interesse humano e  jornalístico , o brutal assassinato de um jovem de 16 anos filho da professora Ana Cláudia Laurindo e do jornalista do site Alagoas 24 horas, Odilon Rios .Pasmem vocês ,mesmo sendo filho de um conhecido e importante jornalista Alagoano que é correspondente em nossa terra para grandes portais brasileiros , e de uma nobre socióloga , a grande maioria dos sites  caétes "preferiram " a não abordagem do brutal homicídio , e de todo o imbróglio que foi  criado na apuração do delito que se mostra com todas as suas faces como  uma prenda ofertada ao criminoso em detrimento da vítima, um adolescente que teve seus sonhos podados pela fábrica  da impunidade  em solo Alagoano.


Em um artigo da mãe (Todas as violações que vi) que é Cientista Social e Mestra em Educação, podemos sentir lentamente a dor  na alma  provocada pelo  descaso ofertado por nossas instituições ditas formadoras do Estado Democrático Brasileiro, além do real  abandono e da  tortura que a família foi submetida ao longo de 3  anos .

Estou realmente revoltado, com a inércia que faz morada no pensamento de nosso povo que não consegue ao menos discernir e encontrar o verdadeiro caminho para se posicionar pelo bem e assim buscar tudo o que é bom,e evitarem o que é mal e quem é mau ! Como calar com tantos descalabros !


Eu pensei que somente a falta de solidariedade fazia morada na área da saúde , porém ela está presente em todos os setores ! Observo que em  primeiro plano na pirâmide do egoísmo narcisista,  encontra-se o  vil metal que sempre reluz na alma e no corpo dos chacais,dos coronéis,dos jagunços e de seus adeptos de carteirinha de nossa Alagoas! 

Alguns preferem sim, noticiar as fantasias que alimentam os leitores incultos no sonho eterno de Alice no Estado das maravilhas em prejuízo da realidade e da verdade !


Deixo um texto de Ana Cláudia escrito em 28 de novembro de 2008 para reflexão, e com certeza traduz  melhor  o  sentimento da sociedade Alagoana  neste momento:

Natal para alguns

Vivemos o encantamento do Natal!
Desdobramos a significação da luz em piscas coloridos, compramos roupas com frenesi, marcamos encontros regados a bebidas, na pressa de quem trabalhou o ano todo e agora quer parar para sorrir...
Mas nada pode ser parado!
O riso de alguns atravessa o tempo no mesmo instante que outros se derramam em prantos! Não será festa para todos...
Não será festa para as mães que choram de saudade dos filhos e filhas perdidos para a violência no Benedito Bentes, no Vergel do Lago, em Cruz das Almas, no Jacintinho...
Não há mais luz para os filhos engolidos pela larga garganta do tráfico!
Nossos alunos estão assaltando à mão armada pelas ruas temerosas da nossa mal amada cidade, e à noite, não assistem mais nossas aulas.
Há uma impotência generalizada!
O inominável da loucura urbana sugere a criação de guetos na garantia da sobrevivência. Quem viver verá a apologia do individualismo mais esparramada na face da coletividade.
Há medo! O enfrentamento da violência sugere a contemplação provisória das rondas policiais, iluminando de vermelho nossa psicologia policialesca!
Carentes de melhores homens, legitimamos o poder institucionalizado nas mãos ávidas de “lobos sem pele de cordeiro” porque eles enganam melhor. No contrasenso de quem não reflete antes de agir, sonhamos com o combate ao crime elegendo criminosos (mesmo os presos!). Que se fará de nós?
O descaso de quem adota a fuga da responsabilidade se abre em leque, dividindo a dor! Somos todos reféns das mesmas possibilidades ingratas!
Mas no Natal há mais Luz...

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