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POPULAÇÃO DE ALAGOAS SOFRE COM FALTA DE MÉDICOS

 HGE de Alagoas em  18 de agosto de 2010

Os ambulatórios 24 horas Assis Chateaubriand, no Tabuleiro, e João Fireman, no Jacintinho, são alvos constantes de queixas da população por causa de um problema tão grave quanto antigo e exaustivamente denunciado pelo Sinmed, que afeta todas as unidades de saúde da rede estadual: a falta de médicos. 

A situação se agrava nos fins de semana, e não só nessas duas unidades como também nos minipronto socorros da Chã da Jaqueira, Benedito Bentes e Levada. Como se não bastasse a falta de médicos, essas unidades também não oferecem condições éticas de trabalho. Antes, o governo tentava minimizar o problema contratando prestadores de serviço. Pagava no mínimo três vezes mais do que o salário de um médico efetivo, e com isso conseguia tapar alguns buracos nas escalas. Agora, os gestores enfrentam dificuldades para contratar prestadores de serviços, porque os médicos não querem se expor aos riscos da falta de condições éticas de trabalho – como, por exemplo, processos por morte de pacientes. 

Enquanto isso, os salários baixos, a sobrecarga de trabalho e a falta de estrutura dos hospitais e ambulatórios continuam afastando os médicos efetivos da rede estadual. Aposentadorias antecipadas, licenças sem vencimentos e pedidos de demissão estão cada vez mais freqüentes. E em breve, o STF vai se posicionar sobre a aposentadoria especial de mais de 100 médicos dos serviços de emergência, que já contam 25 anos de serviço. Esse efetivo integra o primeiro Mandado de Injunção Coletivo, impetrado pelo Sinmed a favor de médicos que têm direito à aposentadoria especial. Do jeito que as coisas estão, em breve os alagoanos que dependem da rede pública terão que ir buscar atendimento médico nos estados vizinhos – ou em qualquer outro onde existam administradores públicos comprometidos com suas obrigações e menos preocupados em enganar a população com propaganda mentirosa.

Fonte: Coluna Sinmed  que será publicada domingo 22 de agosto de 2010

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