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Falta de médicos é reação da categoria a salários de fome

Constituição Rasgada (Ilustração)
Governo mente: diz que paga bem e acusa categoria de não querer trabalhar
A falta de médicos na rede pública de saúde é um problema grave, que só tende a piorar. O alerta já vem sendo dado pelo Sinmed há muito tempo: os salários irrisórios e a falta de condições éticas de trabalho estão afugentando os médicos da rede pública. Para a população, o governo mente dizendo que paga bem mas que a catgoria não quer trabalhar. Antes, para suprir a falta de médicos efetivos, a Sesau contratava prestadores de serviços pagando salários diferenciados. Hoje, os médicos não aceitam mais esse trabalho, porque temem as consequencias da falta de condições éticas para o exercício da medicina.
"Ninguém quer se arriscar a sofrer processo ético, no CRM, e criminal, na justiça comum, por ser responsabilizado pela morte de pacientes, quando não se tem a mínima condição de exercício da medicina. Pior ainda é se expor a isso por um salário vil. No caso dos prestadores de serviços, o salário melhor que o do médico efetivo não compensa, além dos riscos, ficar à margem dos direitos trabalhistas básicos, como férias e aposentadoria", afirma o presidente do Sinmed, Wellington galvão.
O presidente do Sindicato comentou a reportagem publicada no portal Gazetaweb.com, sobre a falta de médicos no Ambulatório 24h João Fireman, no bairro do jacintinho, no domingo, 15, à noite. "A reclamação da população é justa, mas a culpa não é do médico. Se o governo pagasse um salário compatível e oferecesse condições adequadas de atendimento à população, isso não aconteceria. O governo mente quando diz que paga mais de três mil reais a um médico. O valor oferecido hoje, por plantão, é de quatrocentos reais. É muito pouco para você se expor numa unidade de saúde que não oferece segurança e nem condições de salvar vidas. Esses minipronto socorros se situam em bairros violentos, onde ocorrem muitos crimes, e isso agrava ainda mais os riscos para quem trabalha nessas unidades de saúde. As pessoas precisam se preservar. É isso que os médicos estão fazendo. O governo pague bem, equipe e dimensione adequadamente as unidades de saúde, coloque segurança, que os médicos aparecem", disse.
Wellington Galvão ressaltou a necessidade de realização de concurso público. Além de pagar decentemente, o governo tem que oferecer garantias trabalhistas, legalizar a situação do médico. "A maioria não se sujeita mais a trabalhar como prestador de serviço. Tem que haver concurso", reforçou.

Fonte:Sinmed

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