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TRAGÉDIA EVIDENCIA FALTA DE MÉDICOS EM ALAGOAS

Os alagoanos sofrem na pele as consequências da desvalorização do trabalho médico em Alagoas. Está faltando médicos no Estado, e os que vivem e trabalham aqui não têm disponibilidade de tempo para o trabalho voluntário que está sendo tão necessário nesse período pós-enchentes.

Além disso, 70% deles estão com mais de 50 anos e já passaram mais de metade da vida trabalhando em condições precárias e ganhando muito mal. Não têm mais energia para trabalhar além do que já trabalham.

Os novos médicos saem da universidade direto para programas de pós-graduação em outros estados e terminam optando por trabalhar fora de Alagoas, porque a profissão é mais valorizada e os salários são maiores. Entre os que retornam, cerca de 10%, a maioria vai trabalhar na rede privada.

Diante da tragédia que atingiu mais de 20 municípios alagoanos, o Sinmed e demais entidades médicas alagoanas lançaram apelos à categoria por trabalho voluntário. Mas os médicos alegaram falta de tempo para dedicar ao trabalho voluntário, porque a correria na luta pela sobrevivência é tão intensa, que muitas vezes não sobra tempo nem para cuidar da família.

Como os salários pagos aos médicos alagoanos são muito baixos, tanto no serviço público estadual como nos municípios, os profissionais precisam ter dois ou três empregos, além de dar plantões na rede privada ou como prestadores de serviços da rede pública, para conseguirem compor uma renda razoável.

Também tem aqueles que conciliam o trabalho na rede pública com clínica privada, trabalhando para planos e seguros de saúde, que também remuneram mal. Muitos médicos têm fechado seus consultórios porque não conseguem bancar as despesas com estrutura física, equipamentos e pessoal.

O que está garantindo a assistência aos alagoanos vitimados pelas enchentes é o trabalho de médicos vindos de outros estados, além, claro, dos médicos que já trabalhavam nos municípios afetados. Mas no caso dos médicos que vieram de fora, a maioria tem vínculo com organismos e instituições que sempre são acionados em casos de tragédias, como o Exército Brasileiro e bombeiros militares.

Esses médicos têm ainda treinamento especial e experiência no socorro às vítimas de desastres naturais. Trabalham constantemente nessas ações, têm salário e recebem diárias sempre que se deslocam a trabalho. No caso dos médicos daqui, para atuar como voluntários, eles teriam que se afastar de seus empregos, o que prejudicaria seus orçamentos e comprometeria o pagamento das contas no final do mês.

Fonte:Sindicato dos Médicos de Alagoas – Filiado à Federação Nacional dos Médicos e Federação Médica do Nordeste

R. Teonilo Gama, 186 – Trapiche da Barra – Maceió/Alagoas – Fones: (82) 3221.0461; Defensoria Médica: 9902.6300. Assessoria de Comunicação: 9993.0301

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