ESTUDO DOS ÓBITOS DE MENORES DE UM ANO OCORRIDOS NA MATERNIDADE ESCOLA SANTA MÔNICA NO PERÍODO DE JANEIRO A MAIO DE 2007 MACEIÓ



GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE – SES/AL
SUPERINTENDENCIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE


ELABORAÇÃO

HILZONETE DE ABREU ARAÚJO
LOURANI OLIVEIRA DOS SANTOS CORREIA
COLABORAÇÃO
ALESSANDRA PEREIRA VIANA
MARIA DO SOCORRO MARQUES LUZ
MARIA JOSÉ SILVA SANTOS
MARIA DE FÁTIMA DE LEMOS MAIA ALMEIDA
SIRLENE PATRIOTA
VALQUIRIA TAVEIROS

CONCLUSÃO ( Relatório)

O perfil descrito ressalta o grau de vulnerabilidade das crianças estudadas, em aspectos que vão desde características socioeconômicas, fatores relacionados à assistência ao pré-natal e ao parto ou também determinados pela combinação dos componentes estruturais de uma sociedade onde se destacam as diferenças no acesso e utilização de bens e serviços.

A partir da análise realizada conclui-se que :

A ocorrência de óbitos na Maternidade Escola Santa Mônica manteve-se estável no período analisado. A maior proporção de óbitos ocorreu no período neonatal precoce, principalmente nas primeiras 24 horas denotam precariedade do pré-natal e da qualidade da assistência hospitalar ao parto e ao recém-nascido.

Houve predomínio de óbitos de crianças de baixo peso e filhos de mães bastante jovens. O baixo peso foi mais freqüente entre as mães adolescentes e a proporção se reduziu a medida que aumenta a idade da mãe.

Os óbitos neonatais foram mais freqüentes de mães na faixa etária de 10 a 14 e 20 a 34 anos e entre os recém-nascidos de baixo peso, sendo que esta proporção também reduziu a medida de que aumentou a idade do recém-nascido.

Os dados apontam para a necessidade de uma intervenção imediata e mais eficaz principalmente no que diz respeito ao fortalecimento dos serviços de saúde materno infantil e à qualidade da assistência pré-natal e hospitalar.

A assistência ao pré-natal e ao parto tem um papel privilegiado na redução de complicações e óbitos neonatais (Victora CG, César JA) e pode ser vista como política compensatória, cabendo-lhe o papel de minimizar o efeito das desigualdades socioeconômicas (Gama GN, Szwarcwald CL, Leal MC).

Tendo em vista a importância das informações referente investigação dos óbitos infantis recomenda-se a implementação dessa atividade na maternidade extensiva aos óbitos fetais para poder se avaliar a mortalidade perinatal; a articulação do CIOMA com o Núcleo de Epidemiologia Hospitalar e a criação de um sistema de informação que possa consolidar as informações produzidas pelas investigações permitindo análises epidemiológicas mais detalhada da mortalidade na maternidade.

LEIA O RELATÓRIO COMPLETO REALIZADO EM 2007
COMENTÁRIO:
Pelo observado no relatório produzido pelo próprio Governo do Estado de Alagoas e principalmente na conclusão do mesmo , os problemas foram apresentados, e houve até mesmo sugestões para a sua resolução, que até hoje não chegou.

Nos dias atuais ao vivenciar o triste andar da carruagem da saúde do povo de Alagoas, me parece que o ente gestor estatal relegou toda mácula ao esquecimento sem ao menos tentar pensar as chagas que são continuamente abertas no dia a dia de uma sociedade que sofre e depende de um Sistema de Saúde inumano , precário, nefasto, e que lentamente vai acabar por dilacerar a sua dignidade humana .

Infelizmente a omissão , ainda se faz presente encrustada nos patéticos burgos Alagoanos .



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