Disputa religiosa ao Senado: prisão de padre pedófilo é ponto para Malta sobre Balestarssi



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Presidida pelo senador Magno Malta (PR), a mais recente reunião da CPI da Pedofilia, que culminou com a prisão do padre Luiz Marques Barbosa, de 83 anos, em Arapiraca, Alagoas, foi vista nos meios políticos capixabas como um ponto positivo na batalha religiosa que se desenha para a eleição deste ano. Do outro lado está o católico ex-prefeito de Colatina, Guerino Balestrassi (PV), que tem o apoio informal, porém bastante ativo, da Igreja, no noroeste do Estado.

Além de uma disputa eleitoral, este ano a briga pela vaga ao Senado vai acirrar as animosidades que começam a vir à tona entre Malta e Balestrassi. Os apoiadores dos dois candidatos tentam evitar expor as incompatibilidades de os dois disputarem dentro do bloco governista.

Mas não conseguem evitar os comentários de que a investida na candidatura do verde para a vaga deixada pelo governador Paulo Hartung ao Senado teria sido o estopim para a declaração de Malta de que sairia do grupo que apoia a candidatura de Ricardo Ferraço ao governo.

Esta semana, Balestrassi foi quem declarou que não tem afinidade política com Malta, gerando uma reação do presidente do partido, Neucimar Fraga (PR), em defesa do senador. Neste sentido, a expectativa dos meios políticos é de que o clima deve azedar entre os dois candidatos e a questão religiosa pode ganhar um destaque na disputa.

No noroeste do Estado, Guerino tem o apoio do bispo de Colatina, Dom Décio Sossai Zandonade, de quem é amigo e recebe conselhos. Embora respeite as limitações impostas pela Igreja, Dom Décio é uma das figuras públicas mais influentes da região e sua opinião é respeitada pela classe política e pelo eleitorado. Embora esteja em último na corrida ao Senado, Balestrassi poderá contar com a imagem do bispo sobre o eleitor.

Já Magno Malta conta com o eleitor evangélico para sua campanha à reeleição. Vocalista da banda góspel Tempero do Mundo, ele consegue atrair o público evangélico e reforçar sua imagem com as bases. A atuação na CPI da Pedofilia também garante uma visibilidade do senador na mídia nacional que se reflete dentro do Estado.

Por isso, para os meios políticos a prisão do padre em Alagoas reforçou entre os evangélicos a imagem do senador não só no combate ao crime, mas também na disputa religiosa. Malta é o favorito para a primeira vaga na eleição deste ano, depois que o governador Paulo Hartung deixou o páreo.

Fonte:www.seculodiario.com.br

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