HGE: retrato do descaso
Pessoas morrem sem qualquer tipo de auxílio no que deveria ser o principal hospital de Alagoas
João Mousinho - joao_mousinho@hotmail.com
O Hospital Geral do Estado (HGE) vive o real estado do caos. As denúncias vão de superlotação dos leitos até morte de pacientes abandonados, devido à falta de estrutura das instalações médicas e funcionais. O descaso das autoridades com o principal hospital público de Alagoas retrata como a saúde do alagoano é tratada. A realidade de maus tratos à população se tornou uma rotina no cotidiano de profissionais e pacientes.
Jovens e adultos são tratados sem o menor respeito e uma estrutura viciada transformou o HGE num elefante branco. Pessoas são jogadas ao chão, sem qualquer tipo de higiene, os leitos são os próprios corredores e a fedentina se espalha por todos os ambientes.
Todas as alas têm doentes em leitos no chão, o corredor do hospital se transformou em local de horrores, a fedentina se espalha por todo o mosocômio, o lixo hospitalar convive lado a lado dos enfermos
Desde a sua última reforma, o HGE foi dividido em quatro alas: azul, amarela, verde e vermelha, para organizar melhor as atividades de trabalho. Mas, o que se ver é uma realidade assustadora com pessoas morrendo como se fossem indigentes. Falta alimentação adequando para os enfermos, lençóis, mantas, fraudas descartáveis e travesseiros.
Assistência tem que ser dada pelos familiares, quando são avisados, pois falta materiais básicos para acomodar os doentes. A maioria dos acamados é desprovida de condições financeiras e alguns não têm familiares para ajudar, transformando a situação numa desordem oficial.
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