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📰 Alagoas reduz casos prováveis de dengue, mas explosão de confirmações expõe falhas na vigilância e subnotificação
O Informe de Arboviroses nº 17 divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde revela um cenário preocupante e contraditório sobre a situação das arboviroses em Alagoas em 2025. Embora o boletim registre queda de 63,7% nos casos prováveis de dengue, o número de casos confirmados aumentou mais de 500%, expondo indícios claros de falha na detecção, atraso em notificações e possível subnotificação prolongada.
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| Vírus Oropouche |
Enquanto o estado contabiliza 6.042 casos prováveis, apenas 2.245 foram confirmados, mas esse número é cinco vezes maior que o de 2024 — um salto que não pode ser ignorado. O retrato é o de um sistema que não está detectando ou investigando a tempo, levando a um acúmulo de confirmações tardias e prejudicando a resposta de vigilância.
O boletim ainda registra um óbito confirmado por dengue, além de seis casos graves e um óbito entre gestantes, quadro que reforça a necessidade de investigação mais rigorosa, especialmente diante do aumento expressivo de casos confirmados.
⚠️ Chikungunya e Zika: números baixos, mas dados inconsistentes
A chikungunya apresenta queda, mas continua ativa. A maior parte dos casos foi encerrada por critério clínico-epidemiológico, evidenciando que ainda há baixa capacidade laboratorial para confirmação por exames. Apenas três casos permanecem em investigação, número considerado artificialmente baixo diante da circulação conhecida da doença.
No caso da Zika, embora os números sejam baixos, o informe mostra que 18 casos foram encerrados como “ignorado”, um sinal claro de fragilidade no registro e na investigação — especialmente preocupante quando se trata de um vírus que oferece risco direto às gestantes.
⚠️ Oropouche avança sem estratégia definida
O avanço do vírus Oropouche chama atenção. Mesmo em menor volume, o fato de Alagoas registrar casos confirmados em 2025 deveria acionar estratégias específicas de vigilância. O informe mostra que a maior parte dos casos ocorreu em áreas urbanas, mas 58% das notificações não têm zona de residência definida, prejudicando o rastreamento e revelando fragilidades no preenchimento de dados essenciais.
⚠️ Laboratório revela contraste: Chikungunya domina, Dengue aparece pouco — mas confirmações disparam
Os resultados laboratoriais mostram que:
- 32% das amostras positivas são de chikungunya,
- apenas 4% são de dengue,
- Zika não aparece em nenhuma detecção por RT-PCR.
O contraste entre a baixa detecção laboratorial de dengue e o alto número de casos confirmados reforça a suspeita de que o estado está dependendo demais de critérios clínicos e retrospectivos, o que compromete o diagnóstico e atrasa medidas de controle.
⚠️ Sem transparência e com subnotificação, o estado reage no escuro
O boletim revela um sistema de vigilância que não consegue acompanhar a dinâmica real das doenças, seja por falta de testagem, investigação limitada ou inconsistências no registro.
Diante de: aumento explosivo de confirmações,baixa testagem para dengue,encerramentos como “ignorado”,e falhas no preenchimento de informações básicas, fica claro que Alagoas ainda enfrenta sérios desafios na vigilância epidemiológica — desafios que vão além do mosquito.
Sem informações completas e tempestivas, o estado fica reagindo às epidemias em vez de preveni-las. A sensação que fica é que o boletim, embora necessário, expõe mais problemas do que soluções.
PALAVRAS-CHAVE:
📙 GLOSSÁRIO:
🖥️ FONTES:
https://www.saude.al.gov.br/wp-content/uploads/2025/09/INFORME-ARBOVIROSES-17-1.pdf
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