Por que pacientes com Alzheimer esquecem seus entes queridos?

Os pacientes com Alzheimer frequentemente esquecem seus entes queridos devido a mudanças neurobiológicas que afetam a memória social. A pesquisa recente da Universidade da Virgínia revelou que a perda de reconhecimento de familiares e amigos está relacionada à degradação de estruturas protetoras chamadas "redes perineurais" que envolvem os neurônios no cérebro. Essas redes são essenciais para a formação e recuperação de memórias sociais, e sua deterioração pode levar à incapacidade de reconhecer pessoas próximas, mesmo quando outras formas de memória, como a de objetos, ainda estão intactas.

Como Lidar com o Esquecimento no Alzheimer?

Mecanismos de Memória e Alzheimer

Neurodegeneração: A doença de Alzheimer causa a morte progressiva de células cerebrais, afetando áreas do cérebro responsáveis pela memória, como o hipocampo. Essa degeneração resulta em dificuldades crescentes para lembrar eventos recentes e reconhecer rostos familiares.

Memória Social: A pesquisa indica que a perda da memória social, que é a capacidade de reconhecer e lembrar interações com outras pessoas, é uma das primeiras formas de memória a falhar em pacientes com Alzheimer. Isso ocorre antes que a memória de objetos comece a se deteriorar, refletindo uma progressão específica da doença.

Estágios da Doença: O esquecimento de familiares geralmente se torna mais pronunciado nos estágios moderados a severos da doença. No estágio leve, os pacientes podem ainda reconhecer seus entes queridos, mas à medida que a doença avança, essa capacidade diminui significativamente.

Implicações Emocionais

O esquecimento de entes queridos é um dos aspectos mais dolorosos da doença, tanto para os pacientes quanto para suas famílias. Embora os pacientes possam não reconhecer as pessoas, as emoções associadas a essas relações muitas vezes permanecem, o que pode ser uma fonte de conforto em meio à confusão.

Em resumo, a perda de reconhecimento em pacientes com Alzheimer é um fenômeno complexo que resulta de alterações estruturais e funcionais no cérebro, afetando principalmente a memória social. A pesquisa atual busca entender melhor esses mecanismos para desenvolver tratamentos que possam prevenir ou retardar essa perda de memória devastadora.

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